quinta-feira, 6 de novembro de 2008

A eternidade do amor

A eternidade do amor...

Quando fores velha, e grisalha, e com sono,
Pega este livro: junto ao fogo, a cabecear,
Lê com calma; e com os olhos de profundas sombras,
Sonha, sonha com o teu antigo e suave olhar.

Muitos amaram-te as horas de alegria e graça,
Com amor sincero ou falso amaram-te a beleza;
Só um, amando em ti a alma peregrina,
De teu rosto a mudar amou cada tristeza.

E curvando-te junto à grade incandescente,
Murmura com amargura como o amor fugiu..
E caminhou montanha acima, a subir sempre,
E o rosto em multidão de estrelas encobriu.

(Poema Celta - W.B.Yeats)

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