quinta-feira, 30 de julho de 2009

Frases - Dalai Lama...


Só existem dois dias no ano que nada pode ser feito. Um se chama ontem e o outro se chama amanhã, portanto hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e principalmente viver.

Viva uma vida boa e honrada. Assim, quando você ficar mais velho e pensar no passado, poderá obter prazer uma segunda vez.

Seja a mudança que você quer ver no mundo.

A arte de escutar é como uma luz que dissipa a escuridão da ignorância.

Torne o resto da sua vida tão significativo quanto possível..
Consiste apenas em agir levando os outros em consideração.
Assim, encontrará paz e felicidade para si mesmo.

O egoísmo causa a ignorância, a cólera e o descontrole, que são a origem dos problemas do mundo.

É muito melhor perceber um defeito em si mesmo, do que dezenas no outro, pois o seu defeito você pode mudar.

Julgue seu sucesso pelas coisas que você teve que renunciar para conseguir.

Canção na Plenitude...


Não tenho mais os olhos de menina
nem corpo adolescente, e a pele
translúcida há muito se manchou.
Há rugas onde havia sedas, sou uma estrutura
agrandada pelos anos e o peso dos fardos
bons ou ruins.
(Carreguei muitos com gosto e alguns com rebeldia.)

O que te posso dar é mais que tudo
o que perdi: dou-te os meus ganhos.
A maturidade que consegue rir
quando em outros tempos choraria,
busca te agradar
quando antigamente quereria
apenas ser amada.
Posso dar-te muito mais do que beleza
e juventude agora: esses dourados anos
me ensinaram a amar melhor, com mais paciência
e não menos ardor, a entender-te
se precisas, a aguardar-te quando vais,
a dar-te regaço de amante e colo de amiga,
e sobretudo força — que vem do aprendizado.
Isso posso te dar: um mar antigo e confiável
cujas marés — mesmo se fogem — retornam,
cujas correntes ocultas não levam destroços
mas o sonho interminável das sereias.
(Lya Luft)

Roma - Catacumbas...



Catacumbas eram os locais que serviam de cemitério subterrâneo aos primeiros aderentes do cristianismo, para quem a fé se baseava na esperança da vida eterna após a morte.
Nos primeiros 200 anos da nova religião, antes de Constantino, é provável que tenham existido vários centros artísticos com estilos artísticos próprios, como Alexandria e Antióquia, mas é em Roma que se revelam as primeiras pinturas murais em catacumbas. É nesta constante aspiração ao Paraíso que o ritual funerário do enterro, e a consequente manutenção da sepultura, vai ser o elemento chave das primeiras representações da arte cristã.

As catacumbas de Roma serviram de local de sepultamento para os cristãos de Roma, antes do Édito de Milão. Ainda hoje algumas catacumbas estão abertas para turistas.

Uma das catacumbas mais visitadas em todo o mundo é a de São Calisto. Fica na região central de Roma, Itália. Conta-se que vinte mil pessoas estão enterradas lá. Ela ocupa cerca de cinco andares abaixo da terra. Mais de vinte quilómetros (20Km) de corredores levam aos diversos túmulos, onde descansam os corpos de pessoas que viviam na época de Jesus Cristo. Os autocarros não podem circular próximo ao local por causa do perigo de desmoronamento.
As catacumbas mais famosas são as de São Calisto e a de Santa Priscila.

As catacumbas foram construídas ao longo das estradas romanas, como a via Appia, via Ostiense, via Labicana, via Tiburtina e via Nomentana. Existiram também em Roma catacumbas hebraicas, como a da Vigna Randanini e Villa Torlonia.

Existem 40 catacumbas nos arredores de Roma, entre elas:

Catacumba de Giordani
Catacumba de São Marcelino e Pedro
Catacumba de Comodila
Catacumba de Domitila
Catacumba de Generosa
Catacumba de Pretestato
Catacumba de Priscila
Catacumba de São Calixto
Catacumba de São Lourenço
Catacumba de São Nicomede
Catacumba de São Pancrazio
Catacumba de São Sebastião
Catacumba de São Valentino
Catacumba de Santa Agnese
Catacumba de Santa Ilária
Catacumba de Santa Felicita
Catacumba de Trasone
Catacumba de Via Anapo
Catacumba de Vila Torlonia

Visite este site: http://www.catacombe.roma.it/

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Ausência


Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.

Carlos Drummond de Andrade

E la nave va



E la nave va (também no Brasil, mas em Portugal intitulado O Navio) é um filme italiano de 1983 dirigido por Federico Fellini. Nele são mostrados os eventos ocorridos a bordo de um navio luxuoso, onde os amigos de uma falecida cantora de ópera se reúnem para o funeral dela.

Boa parte do filme foi feito como um falso documentário, embora o conceito seja relevado em vários pontos. Na abertura, é mostrada uma cena em julho de 1914, imediatamente antes do lançamento ao mar do navio Gloria N.. Toda a seqüência de abertura é feita em tons de sépia, como se houvesse sido filmado realmente naquela época, e sem nenhum outro som além do ruído do projetor. Gradualmente, a sépia se dá lugar ao filme colorido e podemos ouvir o diálogo dos personagens. O sr. Orlando é um jornalista italiano; ele encara a câmera e explica que a viagem é um tipo de funeral, com o objetivo de dispersar as cinzas da cantora lírica Edmea Tetua em torno da ilha de Erimo, onde ela nasceu. Explica que Edmea Tetua foi a maior cantora de todos os tempos e que tinha a voz de uma deusa.

Certa manhã, os passageiros descobrem que há um grande grupo de refugiados sérvios no convés do navio. O capitão os havia recolhido na noite anterior. Um dos passageiros é o arquiduque de Herzog (parte do Império Austro-Húngaro) e seus assistentes consideram os refugiados como uma ameaça à segurança. Eventualmente, um navio de guerra austro-húngaro aparece e exige que os refugiados sejam entregues, presumivelmente para serem feitos prisioneiros ou escravizados.

Na parte final, o filme assume um tom decididamente surrealista. IMPERDÍVEL!

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Diálogos 2 - Amor e orgulho


- Nossa Cris, faz tempo que a gente não se fala, hein!

- Ah Bel, esses 3 dias me fizeram pensar muito sobre o Amor. Pensar muito mais que eu deveria ou podia.

- Mas o que que aconteceu Cris? Você não me falou nada. Me conte, já que sou sua melhor amiga.

- Então vou lhe contar e você vai entender o meu sofrimento.

- Hã?

- Eu estou quase terminando com o Carlos. Não aguento mais, sabe. Quero dar um tempo. Estou sofrendo muito. E acho que isso, sofrer, não é amar.

- Entendi bem o seu sofrimento: você ama. E todo amor traz um pouco de sofrimento.

- Não! Discordo! Sofrer não é amar, Bel.

- Ah não? Ouça Cris: "Quem nunca sofreu por amor nunca aprenderá a amar. Amar é o terror de perder o outro, é o medo do silêncio e do quarto deserto, de tudo o que se pensa sem poder falar, do que se murmura a sós sem ter a quem dizer em voz alta. É preciso sentir esse terror para saber o que é amar. E, quando tudo enfim desaba, quando o outro partiu e deixou atrás de si o silêncio e o quarto deserto, por entre os escombros e a humilhação de uma felicidade desfeita, resta o orgulho de saber que se amou." Miguel Sousa Tavares in Rio das Flores (Oficina do Livro)

- !

Amor e Liberdade

Procuramos que o amor nos dê
ao mesmo tempo segurança e liberdade,
que nos prenda a alguém
e nos liberte de nós próprios."

(do conto "Sem Perdão")

domingo, 26 de julho de 2009

Diálogos 1 - Amizade e dependência

- Afinal Bel, me diga: a Joana é amiga de quem mesmo?

- Cris eu não sei, não. Só sei que ela é amiga da minha tia Neusa.

- Que "tia Neusa"?

- Aquela minha tia que trabalha até hoje na casa da dona Adelaide.

- Ah, sim, conheço bem a dona Adelaide. Ela sempre foi um amor com todos.

- Pois é Bel, minha tia tem acho que uns sessenta anos e trabalha há pelo menos uns quarenta pra ela.

- !

sábado, 25 de julho de 2009

S.O.S. Planeta Terra...


Que volte o azul aos mares
e o amarelo ao sol das manhãs,
refletindo o brilho do ouro
na esperança que traz o amanhã...

Que o céu desembace o cinza
e se pinte de tom celestial,
que aos bandos, pássaros assoviem,
se aninhem num hino angelical...

Que as nuanças acentuem o verde,
esverdeando todos os lugares...
Dêem vida às florestas e campos,
resgatando a mata espessa...

Que o ar volte a ser leve
e livre da negra fumaça...
Nosso pulmão agradece
o final de uma desgraça.

Que o homem se conscientize
e se volte ao que mais interessa ...
Demonstre amor a si mesmo,
devotando seu amor à Terra.

(Carmen Lúcia)

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Chove...



Chove. Há silêncio, porque a mesma chuva
Não faz ruído senão com sossego.
Chove. O céu dorme. Quando a alma é viúva
Do que não sabe, o sentimento é cego.
Chove. Meu ser (quem sou) renego...
Tão calma é a chuva que se solta no ar
(Nem parece de nuvens) que parece
Que não é chuva, mas um sussurrar
Que de si mesmo, ao sussurrar, se esquece.
Chove. Nada apetece...

Não paira vento, não há céu que eu sinta.
Chove longínqua e indistintamente,
Como uma coisa certa que nos minta,
Como um grande desejo que nos mente.
Chove. Nada em mim sente...


(Fernando Pessoa)

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Itália - Gorizia - Sacrário Militar de Redipuglia...

No final dessa escadaria, tem um túmulo, dedicado aos 30 mil soldados desconhecidos, que morreram lutando.
Estas são algumas das tricheiras, em que os soldados tentavam se esconder do bombardeio.
Estas são gavetas, com os restos mortais dos soldados.

O Sacrário Militar de Redipuglia é um cemitério militar italiano localizado no município de Fogliano Redipuglia na província de Gorizia, nordeste da Itália a poucos quilômetros da fronteira com a Eslovênia.

Este é o maior cemitério militar italiano, realizado a partir do projeto do arquiteto Giovanni Greppi e do escultor Giannino Castiglioni. Foi inaugurado em 1938 para abrigar os corpos de 100 mil caídos italianos durante a Primeira Guerra Mundial.

O sacrário estrutura numa esplanada inicial, onde está a tumba do príncipe Emanuel Filiberto, segundo Duque de Aosta, comandante da terceira armada. Ao seu lado, estão as tumbas de seus generais.

Posteriormente, erguem-se 22 grandes degraus (patamares) que contêm os restos mortais dos caídos cuja identidade se conhece, trazendo o apelido de família, o prenome e a divisão militar a que pertenciam. No último patamar em duas grandes tumbas comuns aos lados de uma capela repousam cerca de sessenta mil caídos cuja identidade se ignora.

Na capela e em duas salas adjacentes são guardados objetos pessoais de soldados italianos e austro-húngaros.

Eu estive aqui em 1994, foi um passeio diferente, uma mistura de curiosidade e melancolia...saber que tantos soldados lutaram e morreram ali.
Acho que a guerra não deveria existir, afinal de contas o ser humano se julga tão superior em relação aos animais.
Você já parou para pensar nisso...quem é pior??? Aquele que mata por instinto, ou aquele que mata para conquistar o poder???

quarta-feira, 22 de julho de 2009

AMIZADE



Amizade não se explica!

Amigos sempre sabem quando serão amigos, pois compartilham momentos juntos... dão forças!

Estão sempre lado a lado!

Nas conquistas... e nas derrotas!

Nas horas boas... e nas difíceis!

Amizade nem sempre é pensar do mesmo jeito... mas abrir mão de vez em quando!
Amizade é como ter um irmão... que não mora na mesma casa.

É compartilhar segredos... compartilhar emoções!

É compreensão... é diversão!

É contar com alguém sempre que precisar!
É ter algo em comum...

É saber que se tem mais em comum do se imagina!

É sentir saudades... mas também querer dar um tempo!

É dar preferência!

É bater um ciúme!

Amizade que é amizade nunca acaba!

Mesmo que a gente cresça e apareçam outras pessoas no nosso caminho, porque AMIZADE NÃO SE EXPLICA...

...ELA SIMPLESMENTE EXISTE!

O que é SUCESSO?


Rir sempre e muito.

Ganhar o respeito de pessoas inteligentes e a afeição das crianças.

Ganhar a apreciação dos críticos honestos e suportar a traição dos falsos amigos.

Apreciar a beleza.

Encontrar o melhor nos outros.

Deixar o mundo um pouco melhor, seja com uma criança saudável, um pequeno jardim ou condição social redimida.

Saber que pelo menos uma vida respirou com mais facilidade porque você viveu.

Isso é ter sucesso!"

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Feliz Dia do Amigo!...


A amizade sincera nunca é esquecida, apenas cristalizada, para um momento qualquer, seja de novo reacendida e vivida plenamente.

Como é bom saber que mesmo através da distância do tempo podemos nos considerar pessoas sortudas e felizes já que reencontramos numa sucessão de dias, horas e momentos, amigos inesquecíveis, e possamos afirmar com plena certeza de que guardaremos na nossa lembrança todo e qualquer acontecimento vivido dos tempos do colégio, época de preocupações de “grandes dilemas juvenis” como: “Que será que vai constar na prova” ou “nossa, será que vai dar tempo para chegar à escola”. Esses instantes deixaram de existir, mas as lembranças de boas amizades permanecem no íntimo de cada um de nós.

Alguns amigos na nossa vida passam mesmo sendo insubstituíveis, mas esses amigos nunca nos deixam completamente sós, porque acabam deixando um pouco deles e levam um pouquinho de nós, e isso mostra que nada na vida é por acaso, não é destino, nem estava escrito é fato irrelevante, que temos sempre pessoas preciosas ao nosso redor durante a nossa existência.
Meus amigos inesquecíveis que tenham sempre essa força de vontade e coragem para desafiar o mundo e vencer os obstáculos da vida.

Sucesso é o que desejo e muita saúde, amor e paz, desejo também que Deus abençoe, suavize seus caminho, ilumine os seus pensamentos e sentimentos.

(Desc.Autor)

sábado, 18 de julho de 2009

Roma - Castelo de Santo Ângelo...



O Castelo de Santo Ângelo (em língua italiana, "Castel Sant' Angelo"), também conhecido como Mausoléu de Adriano, localiza-se à margem direita do rio Tibre, diante da ponte Sant'Angelo, a pouca distância do Vaticano, em Roma, na Itália.

A sua primitiva estrutura foi iniciada em 139 pelo imperador Adriano como um mausoléu pessoal e familiar (Tumbas de Adriano), vindo a ser concluído por Antonino Pio em 139. O monumento, em travertino, era adornado por uma quadriga em bronze, conduzida por Adriano.

Em pouco tempo, entretanto, a sua função foi alterada, sendo utilizado como edifício militar. Nessa qualidade, passou a integrar a Muralha Aureliana em 403.

A sua atual designação remonta a 590, durante uma grande epidemia de peste que assolou Roma. Na ocasião, o Papa Gregório I afirmou ter visto o Arcanjo São Miguel sobre o topo do castelo, que embainhava a sua espada, indicando o fim da epidemia. Para celebrar essa aparição, uma estátua de um anjo coroa o edifício: inicialmente um mármore de Raffaello da Montelupo, e desde 1753, um bronze de Pierre van Verschaffelt sobre um esboço Gian Lorenzo Bernini.

Durante a época medieval esta foi a mais importante das fortalezas pertencentes aos Papas. Serviu também como prisão para muitos patriotas, na época dos movimentos de unificação da Itália ocorridos no século XIX.

De seu terraço superior, tem-se uma magnífica vista do Tibre, dos prédios da cidade e até mesmo do domo superior da Basílica de São Pedro.

A ponte de Sant'Angelo, sobre o Tibre, é ornada por doze estátuas de anjos esculpidas por Bernini.

Perguntas e Respostas...


Há dois tipos de perguntas...
Uma que precisa ser respondida e outra precisa ser vivida.
Há perguntas práticas e perguntas existenciais. Perguntas práticas se contextualizam no horizonte da objetividade. Perguntas existenciais não provocam respostas imediatas.
Viver é uma forma de respondê-las.
É maravilhoso conviver com elas...
O que torna uma pessoa especial é sua capacidade de viver intensamente por uma causa. São raras nos dias de hoje. Vive-se muito pela metade ultimamente. Pessoas que se empenham na realização de seus sonhos não se conformam com a uniformidade. Assumem o preço de serem diferentes e, geralmente, nadam contra a corrente. Isso requer coragem.
Coragem de ser, não simplesmente de fazer. Ser é mais difícil do que fazer, afinal, é no ser que o fazer encontra o seu sustento. Faço a partir do que sou. Não, o contrário.
Tenho encontrado muita gente perdida no muito fazer. Gente que perdeu totalmente o referencial existencial de suas vidas. Gente que se empenhou e investiu na vida só para um dia poder fazer alguma coisa. Estudou, lutou, aprofundou, com o desejo de um dia poder desempenhar uma função.
É claro que o fazer também realiza, faz feliz, mas não podemos negar que há uma realidade que precede o mundo da prática.

O significado que sou...
No silêncio do coração, há um lugar que não sabe fazer nada. É lá que nos descobrimos em nosso primeiro significado. É ele também o nosso lado mais sedutor. É ele que faz com que as pessoas se apaixonem por nós. É justamente por isso que ele tem que ser bem descoberto, de maneira que, quando façamos o que quer que seja, tudo o que fizermos tenha as marcas do que somos. É simples. Medicina muita gente faz, mas é no exercício da profissão que cada pessoa se mostra em sua intimidade mais profunda. Aí mora a diferença. Muitos Fazem a mesma faculdade, mas se encontram de maneira diferente com o conhecimento que recebem. Realizo tudo a partir de minha particularidade. Sou único, ainda que imitado por muitos.

Eis a questão...
Essas coisas me fazem pensar na beleza e na responsabilidade que essa diferença nos traz. Ela nos coloca diante da vida como um acontecimento que merece ser sorvido com toda a intensidade do nosso coração. Agir é um desdobramento do meu ser. Eu sou, antes de fazer qualquer coisa. Há em mim uma realidade que me faz significar, mesmo que um dia eu fique totalmente incapacitado de realizar qualquer ação. Eu sou, mesmo na incapacidade dos movimentos e na impossibilidade dos gestos.
Nem sempre podemos compreender tudo isso, por mais simples que seja. Vivemos na era da utilidade, onde tudo tem que estar conectado a uma função prática, onde o fazer prevalece sobre o ser.
O que você faz na vida? Esta é a pergunta.
O que você é na vida? Continua sendo a pergunta.
Mas a primeira é mais fácil responder. Dizer o que se faz não dá tanto trabalho quanto dizer o que se é. O que se faz é simples de se dizer e as palavras nos ajudam, mas dizer o que se é, não é tão simples assim, e por vezes, as palavras nem sempre nos socorrem.
Sou muito mais do que posso dizer sobre mim mesmo. Você também. Por isso não gostaria que nossa conversa terminasse com uma pergunta pragmática, dessas que se escutam em todas as esquinas que costumamos freqüentar.
Opto por uma pergunta que não espera por resposta imediata, tão pouco pelo desconcerto da fala.
Só lhe peço que honestamente debruce-se sobre ela: "Quem é você?"

(Padre Fábio de Melo)

Fábulas de Esopo - O Mosquito e o Touro...

Um Mosquito que estava voando, a zunir em volta da cabeça de um Touro, depois de um longo tempo, pousou em seu chifre, e pedindo perdão pelo incômodo que supostamente lhe causava, disse: “Mas, se, no entanto, meu peso incomoda o senhor, por favor é só dizer, e eu irei imediatamente embora!”

Ao que lhe respondeu o Touro: “Oh, nenhum incômodo há para mim! Tanto faz você ir ou ficar, e, para falar a verdade, nem sabia que você estava em meu chifre.”

Com frequência, diante de nossos olhos, julgamos-nos o centro das atenções e deveras importantes, bem mais do que realmente somos diante dos olhos do outros.

Moral da História:
Quanto menor a mente, maior a presunção.

A Arca de Noé...


Sete em cores, de repente
O arco-íris se desata
Na água límpida e contente
Do ribeirinho da mata.

O sol, ao véu transparente
Da chuva de ouro e de prata
Resplandece resplendente
No céu, no chão, na cascata.

E abre-se a porta da Arca
De par em par: surgem francas
A alegria e as barbas brancas
Do prudente patriarca

Noé, o inventor da uva
E que, por justo e temente
Jeová, clementemente
Salvou da praga da chuva.

Tão verde se alteia a serra
Pelas planuras vizinhas
Que diz Noé: "Boa terra
Para plantar minhas vinhas!"

E sai levando a família
A ver; enquanto, em bonança
Colorida maravilha
Brilha o arco da aliança.

Ora vai, na porta aberta
De repente, vacilante
Surge lenta, longa e incerta
Uma tromba de elefante.

E logo após, no buraco
De uma janela, aparece
Uma cara de macaco
Que espia e desaparece.

Enquanto, entre as altas vigas
Das janelinhas do sótão
Duas girafas amigas
De fora as cabeças botam.

Grita uma arara, e se escuta
De dentro um miado e um zurro
Late um cachorro em disputa
Com um gato, escouceia um burro.

A Arca desconjuntada
Parece que vai ruir
Aos pulos da bicharada
Toda querendo sair.

Vai! Não vai! Quem vai primeiro?
As aves, por mais espertas
Saem voando ligeiro
Pelas janelas abertas.

Enquanto, em grande atropelo
Junto à porta de saída
Lutam os bichos de pêlo
Pela terra prometida.

"Os bosques são todos meus!"
Ruge soberbo o leão
"Também sou filho de Deus!"
Um protesta; e o tigre – "Não!"

Afinal, e não sem custo
Em longa fila, aos casais
Uns com raiva, outros com susto
Vão saindo os animais.

Os maiores vêm à frente
Trazendo a cabeça erguida
E os fracos, humildemente
Vêm atrás, como na vida.

Conduzidos por Noé
Ei-los em terra benquista
Que passam, passam até
Onde a vista não avista.

Na serra o arco-íris se esvai...
E... desde que houve essa história
Quando o véu da noite cai
Na terra, e os astros em glória

Enchem o céu de seus caprichos
É doce ouvir na calada
A fala mansa dos bichos
Na terra repovoada.

(Desc.Autoria)

terça-feira, 14 de julho de 2009

Herbert José de Souza - Betinho...


Herbert José de Sousa, conhecido como Betinho, (1935/1997) foi um sociólogo e ativista dos direitos humanos brasileiro. Concebeu e dedicou-se ao projeto Ação da Cidadania contra a Miséria e Pela Vida.

Nasceu no norte de Minas Gerais e, como seus irmãos Henfil e Chico Mário, herdou da mãe a hemofilia, e desde a infância sofreu com outros problemas, como a tuberculose. "Eu nasci para o desastre, porém com sorte" - costumava dizer.

Foi criado em ambientes inusitados: a penitenciária e a funerária, onde o pai trabalhava. Mas sua formação teve grande influência dos padres dominicanos, com os quais travou contato na década de 1950. Integrou a JEC (Juventude Estudantil Católica), a JUC (Juventude Universitária Católica) e, em 1962, fundou a AP (Ação Popular), da qual foi o primeiro coordenador.

Concluiu seus estudos universitários em Sociologia, no ano de 1962). Durante o governo de João Goulart assessorou o MEC - chefiou a Assessoria do Ministro Paulo de Tarso Santos - e defendeu as "reformas de base", sobretudo a reforma agrária.

Com o golpe militar, em 1964, mobilizou-se contra a ditadura, sem nunca esquecer as causas sociais, porém. Com o aumento da repressão, foi obrigado a se exilar no Chile, em 1971. Lá assessorou Salvador Allende, até sua deposição, em 1973. Conseguiu escapar do golpe de Pinochet refugiando-se na embaixada panamenha. Posteriormente morou no Canadá e no México. Durante esse período foram reforçadas as suas convicções sobre a democracia - que ele julgava ser incompatível com o sistema capitalista.

Foi citado como "o irmão do Henfil", que se encontrava no exílio, na canção "O bêbado e a equilibrista", de João Bosco e Aldir Blanc, gravada por Elis Regina à época da Campanha pela Anistia aos presos e exilados políticos. Anistiado em 1979, voltou ao Brasil, onde passou a se dedicar à luta pela reforma agrária, sendo um de seus principais articuladores. Nesse sentido conseguiu reunir, em 1990, milhares de pessoas no Aterro do Flamengo, Rio de Janeiro, em manifestação pela causa.

Em 1981, junto com os economistas Carlos Afonso e Marcos Arruda, fundou o IBASE - Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas.

Em 1986 Betinho descobriu ter contraído o vírus da AIDS em uma das transfusões de sangue a que era obrigado a se submeter periodicamente devido à hemofilia. Em sua vida pública esse fato repercutiu na criação de movimentos de defesa dos direitos dos portadores do vírus. Junto com outros membros da sociedade civil, fundou e presidiu até a sua morte a Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS. Dois dos seus irmãos, Henfil e Chico Mário, morreram em 1988 por conseqüência da mesma doença.

Betinho também integrou as forças que resultaram no impeachment do Presidente da República Fernando Collor. Mas o projeto pelo qual se imortalizou foi, provavelmente, a Ação da Cidadania contra a Miséria e Pela Vida, movimento em favor dos pobres e excluídos.

Morreu em 1997, já bastante debilitado pela AIDS. Deixou dois filhos: Daniel e Henrique.

Livros publicados

Estreitos Nós (crônicas).
Em Defesa do Interesse Nacional (coletânea de textos de vários autores, incluindo Barbosa Lima Sobrinho e Fernando Henrique Cardoso).
No Fio da Navalha(biografia).
A Cura da Aids (ensaios sobre AIDS e Politica de Saude).
Ética e Cidadania(entrevista).
A Lista de Alice (crônicas).
O Estado e o Desenvolvimento Capitalista no Brasil (em co-autoria com Carlos A. Afonso).
A zeropéia (infanto-juvenil).
A Centopéia que Pensava (infanto-juvenil).
A Centopéia Que Sonhava (infanto-juvenil).

Quem nunca sonhou poder voar como um pássaro? Ou nadar como um peixe? Que maravilhoso seria cantar como um sabiá! Dona Centopéia sonhava fazer tudo isso, mas tinha as suas limitações, como todas as pessoas e bichos. No livro, "A Centopéia Que Sonhava", Betinho nos mostra que, sozinhos, podemos muito pouco, mas quando nos ajudamos uns aos outros, conseguimos realizar nossos sonhos. Não é difícil imaginar o porquê de tanta sensibilidade para falar de sonhos compartilhados. Betinho nunca sonhava sozinho.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Portugal - Um pouco da sua história "1"...


A compreensão de Portugal e da sua História é uma constante da Historiografia e do Pensamento portugueses pelo menos desde o início do século XIX. As condições que tornaram possível a autonomização de Portugal da força centrípeta de Leão e Castela e, depois, lhe permitiram construir e manter uma identidade na Península e no mundo são temas que estiveram no cerne da análise e da reflexão de historiadores e pensadores como Herculano, Oliveira Martins, Antero, Sampaio Bruno, Jaime Cortesão, António Sérgio e Joel Serrão, para citar apenas alguns nomes.

Território situado no extremo sudoeste da Europa, com uma área de cerca de 90 000 Km2 (três vezes a Bélgica mas um quinto da Espanha) e uma fachada atlântica de cerca de 840 km, Portugal tem, pelas sua posição geográfica, acentuada ainda pelas características geomorfológicas do seu território, uma posição excêntrica relativamente à Europa. A posição atlântica de Portugal, prolongada, desde o início do século XV, pelos dois arquipélagos descobertos e povoados por portugueses, o dos Açores e o da Madeira, foi a chave da sua história e da sua identidade nacional.

O Atlântico selou o destino histórico de Portugal: encravado entre um poderoso vizinho e o mar, os Portugueses souberam tirar partido da sua situação estratégica, quer construindo no mar um poderio militar, quer aliando-se à potência naval dominante (aliança inglesa), assegurando a sua sobrevivência face às pretensões hegemónicas das potências europeias. Escreve Veríssimo Serrão (História de Portugal, vol. 1) : «em face de uma Espanha superior em dimensão cinco vezes, não houve milagre no caso português, mas somente a adequada integração dos seus naturais num quadro político que lhe assegurou a existência autónoma que qualquer periferia marítima amplamente favorece.»

A leitura da História de Portugal em termos de um ciclo de apogeu e queda, de potência mundial à irrelevância geopolítica, é uma leitura marcadamente oitocentista, e que deve situar-se no contexto da reflexão política de finais do século XIX. A ideia de que certos factores como a União dinástica com a Espanha, em que Portugal perdeu a sua dinastia e por isso a sua independência política (dinastia filipina: 1580-1640), o Terramoto de 1755, as invasões francesas (Guerras Napoleónicas), a independência do Brasil em 1822 determinaram a "decadência" de Portugal releva mais de um certo inconsciente colectivo do que da necessária contextualização histórica.
A Revolução Republicana de 1910 iria dar uma feição modernizadora a Portugal, dando porém origem a um regime parlamentar instável, marcado por frequentes revoltas militares e pela trágica intervenção no teatro da Primeira Guerra Mundial.
A ditadura do Estado Novo, instaurada na sequência da Revolução militar de 1926 (Salazarismo), marcou o Século XX português pela sua excepcional duração (48 anos). Em 25 de Abril de 1974 eclodiu um golpe militar organizado pelo Movimento das Forças Armadas (Revolução dos Cravos), maioritariamente constituído por capitães do exército ("Capitães de Abril") que derrubou a ditatura.
Portugal entrou, após um conturbado período revolucionário, no caminho da Democracia Parlamentar, ao mesmo tempo que procedia à descolonização de todas as suas colónias. Membro fundador da NATO, o Portugal democrático reforçou a sua modernização e a sua inserção no espaço europeu com a sua adesão, em 1986, à Comunidade Economica Europeia (CEE).

domingo, 12 de julho de 2009

Roma - Fontana di Trevi...


A Fontana di Trevi, é a maior (cerca de 26 metros de altura e 20 metros de largura) e mais ambiciosa construção de fontes barrocas da Itália e está localizada na rione Trevi, em Roma.

A fonte situava-se no cruzamento de três estradas (tre vie), marcando o ponto final do Acqua Vergine, um dos mais antigos aquedutos que abasteciam a cidade de Roma. No ano 19 a.C., técnicos romanos localizaram uma fonte de água pura a pouco mais de 22 quilômetros da cidade (cena representada em escultura na própria fonte, atualmente). A água desta fonte foi levada pelo menor aqueduto de Roma, diretamente para os banheiros de Marcus Vipsanius Agrippa e serviu a cidade por mais de 400 anos.

O "golpe de misericórdia" desferido pelos invasores godos em Roma foi dado com a destruição dos aquedutos, durante as Guerras Góticas. Os romanos durante a Idade Média tinham de abastecer-se da água de poços poluídos, e da pouco límpida água do rio Tibre, que também recebia os esgotos da cidade.

O antigo costume romano de erguer uma bela fonte ao final de um aqueduto que conduzia a água para a cidade foi reavivado no século XV, com a Renascença. Em 1453, o Papa Nicolau V determinou fosse consertado o aqueduto de Acqua Vergine, construindo ao seu final um simples receptáculo para receber a água, num projeto feito pelo arquiteto humanista Leon Battista Alberti.

Em 1629, o Papa Urbano VIII achou que a velha fonte era insuficientemente dramática e encomendou a Bernini alguns desenhos, mas quando o Papa faleceu o projeto foi abandonado. A última contribuição de Bernini foi reposicionar a fonte para o outro lado da praça a fim de que esta ficasse defronte ao Palácio do Quirinal (assim o Papa poderia vê-la e admirá-la de sua janela). Ainda que o projeto de Bernini tenha sido abandonado, existem na fonte muitos detalhes de sua idéia original.

Muitas competições entre artistas e arquitetos tiveram lugar durante o Renascimento e o período Barroco para se redesenhar os edifícios, as fontes, e até mesmo a Scalinata di Piazza di Spagna (as escadarias da Praça de Espanha). Em 1730, o Papa Clemente XII organizou uma nova competição na qual Nicola Salvi foi derrotado, mas efetivamente terminou por realizar seu projeto. Este começou em 1732 e foi concluído em 1762, logo depois da morte de Clemente, quando o Netuno de Pietro Bracci foi afixado no nicho central da fonte.

Salvi morrera alguns anos antes, em 1751, com seu trabalho ainda pela metade, que manteve oculto por um grande biombo. A fonte foi concluída por Giuseppe Pannini, que substituiu as alegorias insossas que eram planejadas, representando Agrippa e Trivia, as virgens romanas, pelas belas esculturas de Netuno e seu séquito.

A fonte foi restaurada em 1998; as esculturas foram limpas e polidas, e a fonte foi provida de bombas para circulação da água e sua oxigenação.

Frases - Aristóteles...


Alguns pensam que para se ser amigo basta querê-lo, como se para se estar são bastasse desejar a saúde...

O sábio nunca diz tudo o que pensa, mas pensa sempre tudo o que diz.

O ignorante afirma, o sábio duvida, o sensato reflete.

A amizade perfeita apenas pode existir entre os bons.

Devemos nos comportar com os nossos amigos do mesmo modo que gostaríamos que eles se comportassem conosco.

A música é celeste, de natureza divina e de tal beleza que encanta a alma e a eleva acima da sua condição.

Felicidade é ter algo o que fazer, ter algo que amar e algo que esperar...

Em tudo o que fazemos, temos em vista alguma outra coisa.

O verdadeiro discípulo é aquele que supera o mestre.

A tragédia é a imitação de uma ação séria e concluída em si mesma... que, mediante uma série de casos que suscitam piedade e terror, tem por efeito aliviar e purificar a alma de tais paixões.

Aquele que nunca aprendeu a obedecer não pode ser um bom comandante.

O homem que evita e teme a tudo, não enfrenta coisa alguma, torna-se um covarde.

O homem livre é senhor da sua vontade e escravo somente da sua consciência.

A grandeza não consiste em receber honras, mas em merecê-las.

Nosso caráter é o resultado de nossa conduta.

Você é reflexo do que pensa diariamente.

Ninguém é dono de sua felicidade, por isso: não entregue sua alegria, sua paz e sua vida nas mãos de ninguém, absolutamente ninguém!

Somos livres, não pertencemos a ninguém e não podemos querer ser donos dos desejos, das vontades ou dos sonhos de quem quer que seja.

Pare de colocar sua felicidade cada dia mais distante de você. Não coloque objetivos longes demais de suas mãos, abrace os que estão ao seu alcance hoje.

Trabalhe, trabalhe muito a seu favor. Pare de esperar a felicidade sem esforços. Pare de exigir das pessoas aquilo que nem você conquistou ainda.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Roma - Piazza del Popolo...


Antigamente, os viajantes que chegavam pelo Norte da cidade entravam na cidade pela Porta dela Popolo (a antiga Porta Flaminia), que se interpõe à entrada da Via Flaminia na cidade. No meio do século XVI o papa Pio IV encarregou Nanni di Baccio Bigio de uma nova fachada para a antiga Porta, rebatizada em homenagem à vizinha igreja de Santa Maria del Popolo.
O desenho da Porta imita um arco triunfal romano, com arco único. O lado voltado para fora da cidade está adornado com antigas colunas e as imagens de São Pedro e São Paulo.
Quando a rainha Cristina da Suécia veio a Roma, em peregrinação, o papa Alexandre VII encomendou a Gian Lorenzo Bernini a fachada voltada para a praça, hoje coroada com o escudo papal, onde uma inscrição que deseja à Rainha uma feliz estada na cidade. Havia inclusive duas torres, demolidas em 1879 para abrir as duas passagens laterais.

Imediatamente à direita da Muralha Aureliana, passa-se, deixando-a pela direita, em frente à igreja de Santa Maria del Popolo, e entra-se num oval circunscrito por fontes e leões que vertem água.

A praça ramifica-se em três estradas (o Tridente) que penetram na cidade; a Via del Babuino, à esquerda, levará o viajante à Piazza di Spagna (Praça de Espanha); à direita a Via de Ripetta que se comunica com a Piazza Navona e o Panteão de Roma.
No centro começa a rua mais cara da cidade de Roma: Via del Corso, com numerosas lojas.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Frases - Gibran Khalil Gibran...


A verdade de outra pessoa não está no que ela te revela, mas naquilo que não pode revelar-te. Portanto, se quiseres compreendê-la, naõ escute o que ela diz, mas antes, o que ela não diz.

Aprendi o silêncio com os faladores, a tolerância com os intolerantes, a bondade com os maldosos; e, por estranho que pareça, sou grato a esses professores.

Quem não sabe aceitar as pequenas falhas das mulheres não aproveitará suas grandes virtudes.

A simplicidade é o último degrau da sabedoria.

Todo o trabalho é vazio a não ser que haja amor.

O prisioneiro que tem a porta do seu cárcere aberta e não se liberta, é um covarde.

A perplexidade é o início do conhecimento.

Mãe: a palavra mais bela pronunciada pelo ser humano.

domingo, 5 de julho de 2009

Recordo Ainda...


Recordo ainda... e nada mais me importa...
Aqueles dias de uma luz tão mansa
Que me deixavam, sempre, de lembrança,
Algum brinquedo novo à minha porta...

Mas veio um vento de Desesperança
Soprando cinzas pela noite morta!
E eu pendurei na galharia torta
Todos os meus brinquedos de criança...

Estrada afora após segui... Mas, aí,
Embora idade e senso eu aparente
Não vos iludais o velho que aqui vai:

Eu quero os meus brinquedos novamente!
Sou um pobre menino... acreditai!...
Que envelheceu, um dia, de repente!...

(Mario Quintana)

sábado, 4 de julho de 2009

Sobre o Amor...


Quando o amor vos chamar, segui-o,
Embora seus caminhos sejam agrestes e escarpados;
E quando ele vos envolver com suas asas, cedei-lhe,
Embora a espada oculta na sua plumagem possa ferir-vos;
E quando ele vos falar, acreditai nele,
Embora sua voz possa despedaçar vossos sonhos como
o vento devasta o jardim.

Pois, da mesma forma que o amor vos coroa, assim
ele vos crucifica. E da mesma forma que contribui para
vosso crescimento, trabalha para vossa poda.
E da mesma forma que alcança vossa altura e acaricia
vossos ramos mais tenros que se embalam ao sol,
Assim também desce até vossas raízes e as sacode no
seu apego à terra.
Como feixes de trigo, ele vos aperta junto ao seu coração.
Ele vos debulha para expor vossa nudez.
Ele vos peneira para libertar-vos das palhas.
Ele vos mói até a extrema brancura.
Ele vos amassa até que vos torneis maleáveis.
Então, ele vos leva ao fogo sagrado e vos transforma
no pão místico do banquete divino.
Todas essas coisas, o amor operará em vós para que
conheçais os segredos de vossos corações e, com esse
conhecimento, vos convertais no pão místico do banquete divino.

Todavia, se no vosso temor, procurardes somente a
paz do amor e o gozo do amor,
Então seria melhor para vós que cobrísseis vossa nudez
e abandonásseis a eira do amor,
Para entrar num mundo sem estações, onde rireis, mas
não todos os vossos risos, e chorareis, mas não todas as
vossas lágrimas.
O amor nada dá senão de si próprio e nada recebe
senão de si próprio.
O amor não possui, nem se deixa possuir.

Pois o amor basta-se a si mesmo.
Quando um de vós ama, que não diga: 'Deus está no
meu coração', mas que diga antes: 'Eu estou no coração de Deus.'
E não imagineis que possais dirigir o curso do amor
pois o amor, se vos achar dignos, determinará ele próprio
o vosso curso.
O amor não tem outro desejo senão o de atingir
a sua plenitude.
Se, contudo, amardes e precisardes ter desejos, sejam
estes os vossos desejos:
De vos diluirdes no amor e serdes como um riacho
que canta sua melodia para a noite;
De conhecerdes a dor de sentir ternura demasiada;
De ficardes feridos por vossa própria compreensão do amor
E de sangrardes de boa vontade e com alegria;
De acordardes na aurora com o coração alado e agradecerdes por um novo dia de amor;
De descansardes ao meio-dia e meditardes sobre o
êxtase do amor;
De voltardes para casa à noite com gratidão;
E de adormecerdes com uma prece no coração para o
bem-amado, e nos lábios uma canção de bem-aventurança.

(Gibran Khalil Gibran)

Brasil Anistia Estrangeiros em Situação Irregular...

Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sanciona, o Projeto de Lei 1.664-D, de 2007, a chamada Lei da Anistia Migratória, que autoriza a residência provisória de cidadãos estrangeiros em situação irregular no Brasil.

A nova lei permite que todos os estrangeiros que estejam em situação irregular e tenham entrado no Brasil até o dia 1º de fevereiro deste ano regularizem sua situação e tenham liberdade de circulação, direito de trabalhar, acesso à saúde e educação públicas e à Justiça.

A medida alcança pessoas que tenham entrado irregularmente no Brasil, cujo prazo do visto de entrada tenha vencido ou que não tenha se beneficiado da última Lei de Anistia Imigratória, de 1998.

Pelos cálculos do Ministério da Justiça, em torno de 50 mil pessoas poderão ser beneficiadas. Há, no entanto, entidades internacionais que estimam em até 200 mil o número de estrangeiros em situação irregular no Brasil.

Os interessados poderão fazer o pedido de regularização até o final do ano (a data provável é 30 de dezembro). Isso depois que o Diário Oficial da União publicar a portaria do Ministério da Justiça normalizando os procedimentos previsto na lei. A taxa de regularização é de R$ 67 e a de expedição da carteira, de R$ 31.

A medida, para o secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, “humaniza a questão migratória” e combate o tráfico de pessoas que entram no Brasil e são empregadas em trabalhos análogos à escravidão. É o que ocorre, por exemplo, com os trabalhadores bolivianos contratados informalmente por empresas de confecção em São Paulo.

O secretário disse que, além dos bolivianos, os chineses, paraguaios, peruanos e russos estão entre os principais grupos populacionais que a nova legislação poderá beneficiar.

Atualmente há cerca de 880 mil estrangeiros vivendo regularmente no Brasil, a maioria deles vinda de Portugal, do Japão, da Itália e da Espanha. O governo estima que, hoje, aproximadamente 4 milhões de brasileiros vivam no exterior. Tuma Júnior disse esperar que a iniciativa brasileira “sensibilize e gere reciprocidade” em outros países. “Os países estão criminalizando, e o Brasil, humanizando”, comparou.

Além de sancionar a Lei da Anistia Migratória, o presidente Lula deve assinar hoje mensagem ao Congresso Nacional enviando projeto para uma nova Lei de Estrangeiros.

O secretário informou ainda que os brasileiros que queiram emitir certidão negativa de naturalização de seus parentes ascendentes, para pedir cidadania nos países de origem da família, poderão usar o serviço de certidão eletrônica disponível no site do Ministério da Justiça.

http://www.mj.gov.br/

Eu lí essa reportagem e logo comparei à uma postagem de um blog de uma amiga que mora na Itália.
Quanta diferença!!!!
O "brasileiro", ainda conserva a mentalidade de acolher; da mesma maneira que acolheu os imigrantes no passado.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Frases - Platão...


Não há nada bom nem mau a não ser estas duas coisas: a sabedoria que é um bem e a ignorância que é um mal.

O tempo é a imagem móvel da eternidade imóvel.

É a esta força que mantém sempre a opinião justa e legítima sobre o que é necessário temer e não temer, que chamo e defino coragem.

Devemos aprender durante toda a vida , sem imaginar que a sabedoria vem com a velhice.

Os homens não desejam aquilo que fazem, mas os objectivos que os levam a fazer aquilo que fazem.

Calarei os maldizentes continuando a viver bem; eis o melhor uso que podemos fazer da maledicência.

O livro é um mestre que fala mas que não responde.

Não espere por uma crise para descobrir o que é importante em sua vida.

O sábio fala porque tem alguma coisa a dizer; o tolo porque tem que dizer alguma coisa.

Não há nada de errado com aqueles que não gostam de política, simplesmente serão
governados por aqueles gostam.

Errar é humano, mas também é humano perdoar.
Perdoar é próprio de almas generosas.

O que ama é, de certa maneira, mais divinino que o objeto amado,pois possui em si divindade; é possuído por um deus.

Procurando o bem para os nossos semelhantes encontramos o nosso.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Roma - Piazza di San Pietro...


A Piazza di San Pietro, situa-se em frente à Basílica de São Pedro, no Vaticano. Foi desenhada por Bernini no século XVII em estilo clássico mas com adições do barroco. Ergue-se um obelisco do Antigo Egipto no centro.

O estilo clássico pode ser apreciado na colunata dórica que enquadra a entrada trapezoidal para a Basílica e a grande área oval que a precede. A parte oval da praça reflete o estilo barroco, próprio da época da Contra-Reforma.

O obelisco central tem 40 metros de altura, incluindo a base e a cruz no topo. Data do século I d.C. e foi trazido para Roma no reinado do imperador Calígula. Está no lugar atual desde 1585 sob ordem do Papa Sisto V, que colocou no obelisco um dos pedaços originais da cruz de Jesus Cristo. Bernini complementou a colocação do obelisco com uma fonte em 1675. Foi preciso mais de novecentos homens para erguê-lo.

Quase todos os visitantes que chegam ao Estado do Vaticano visitam primeiro a Praça, que o romancista francês Stendhal chamou "a arte da perfeição".
Quando em 1656 Bernini recebeu o encargo do Papa Alexandre VII de aperfeiçoar a praça diante da basílica de São Pedro, esta era enorme, retangular, com piso de terra. Levava ao bairro vizinho do Borgo e não tinha adornos, exceto uma fonte e o obelisco egípcio instalado em 1586 por Domenico Fontana, incluídos na remodelação. Por exigência do papa, os peregrinos deveriam ser capazes de entrar e olhar o balcão central do qual o papa dava, e ainda dá, sua bênção "urbi et orbi" (à cidade e ao mundo).

Bernini desenhou sua obra-prima imaginando dois espaços abertos conjuntos. O primeiro, a Piazza Obliqua, tem forma de um elipse rodeada por colunatas (quatro enormes fileiras de altas colunas dóricas) que se abrem como num grande abraço maternal e simbolizam a Igreja Mãe. Há um corredor largo, entre elas, pelas quais passam automóveis, e duas aberturas mais estreitas para pedestres. O pavimento tem pedras brancas que marcam caminho até o obelisco central, montado sobre quatro leões de bronze. Tradicionalmente, o obelisco representa o elo entre a antiguidade e a cristandade, pois se diz que as cinzas de César descansam em sua base e uma relíquia da Santa Cruz está escondida no topo. Dos dois lados, há duas fontes em bronze, com bases de granito. O segundo espaço, a Piazza Retta, imediatamente a seguir e bem frontal à basílica de São Pedro, é um espaço trapezoidal que aumenta ao encostar na praça, diminuindo assim numa ilusão de ótica a amplidão da fachada. O edifício à direita abriga o Palácio Apostólico, que leva à "Scala Regia", a escadaria cerimonial desenhada por Bernini.

Na praça, o Papa celebra Missa Pontifícia nas maiores festas da Igreja. 140 estátuas - santos e mártires, papas e fundadores de ordens religiosas - saúdam os peregrinos da balaustrada das colunas, que tem 17 metros de largura. O brasão e as inscrições evocam o Papa Alexandre VII, que encomendou a obra.

Não Pense Duas Vezes...


A felicidade é um susto. Chega na calada da noite, na fala do dia, no improviso das horas. Chega sem chegar, insinua mais que propõe...
Felicidade é animal arisco. Tem que ser adimirada à distância porque não aceita a jaula que preparamos para ela. Vê-la solta e livre no campo, correndo com sua velocidade tão elegante é uma sublime forma de possuí-la.
Felicidade é chuva que cai na madrugada, quando dormimos. O que vemos é a terra agradecida, pronta para fecundar o que nela está sepultado, aguardando a hora da ressurreição.
Felicidade é coisa que não tem nome. É silêncio que perpassa os dias tornando-os mais belos e falantes.

Felicidade é carinho de mãe em situação de desespero. É olhar de amigo em horas de abandono. É fala calmante em instantes de desconsolo.
Felicidade é palavra pouca que diz muito. É frase dita na hora certa e que vale por livros inteiros.
Eu busco a frase de cada dia, o poema que me espera na esquina, o recado de Deus escrito na minha geladeira... Eu vivo assim... Sem doma, sem dona, sem porteiras, porque a felicidade é meu destino de honra, meu brasão e minha bandeira.

Eu quero a felicidade de toda hora. Não quero o rancor, não quero o alarde dos artifícios das palavras comuns, nem tampouco o amor que deseja aprisionar meu sonho em suas gaiolas tão mesquinhas.
O que quero é o olhar de Jesus refletido no olhar de quem amo. Isso sim é felicidade sem medidas.

O café quente na tarde fria, a conversa tão cheia de humor, o choro vez em quando.
Felicidades pequenas... O olhar da criança que me acompanha do colo da mãe, e que depois, à distância ,sorri segura, porque sabe que eu não a levarei de seu lugar preferido.
A felicidade é coisa sem jeito, mas com ela eu me ajeito. Não forço para que seja como quero, apenas acolho sua chegada, quando menos espero.
E então sorrio, como quem sabe,que quando ela chega, o melhor é não dispersar as forças... E aí sou feliz por inteiro na pequena parte que me cabe.
O que hoje você tem diante dos olhos? Merece um sorriso? Não pense duas vezes...

(Pe.Fábio de Melo)