quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

A felicidade do outro...


A felicidade do outro


Acho que sabemos que amamos verdadeiramente uma pessoa quando a vemos partir, isso nos parte em mil, e ainda assim desejamos que ela seja feliz, mesmo se nossos mil pedaços vagam chorando em cada canto.
Só o amor nos torna seres assim tão superiores, capazes de tanta grandeza.
Desejar a felicidade de quem magoou nosso coração não é assim coisa tão fácil. Exige de nós uma força extraordinária. Uma luta se trava em nós: parte nos empurra, nos cega para o bom e abre nosso coração à mágoa e outra parte se enche de ternura com as lembranças do que de bom vivemos.
É nosso eu doente e nosso eu são dentro de um mesmo espaço e cada qual tentando falar mais alto.
Como desejar a felicidade de quem nos feriu?
Como passar por cima?
Não somos santos, é o que nos dizemos. Somos feitos de carne, osso, alma e coração. Temos sentimentos... e os bons ficam assim tão miúdos quando os maus aparecem...
Só mesmo um coração maior que nós e nosso eu para vencer uma luta como essa.
Só mesmo um amor sem tamanho e uma bondade sem limites.
O amor é uma água bendita! Ele lava as mágoas, ele purifica, deixa branco, sem mácula.
Se você for capaz de perdoar a alguém que feriu seu coração e ainda desejar a felicidade dele, saiba que o amor é o dom maior que vive no seu ser e que você é uma pessoa bem-aventurada!
E pessoas bem-aventuradas não só caminham com a felicidade do lado, elas caminham de mãos dadas com ela e vai chegar fatalmente o dia em que essa felicidade vai abraçá-las.


(Letícia Thompson)

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