segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Florença

Florença


Florença (Firenze em italiano), capital da região da Toscana. Estende-se por uma área de 102 km², fazendo fronteira com Bagno a Ripoli, Campi Bisenzio, Fiesole, Impruneta, Scandicci, Sesto Fiorentino.
É considerada o berço do Renascimento italiano e uma das cidades mais belas do mundo.
Tornou-se muito conhecida, por ser a cidade natal de Dante Alighieri, autor da “Divina Comédia”, que é um marco da literatura universal. Neste poema ele descreve a cidade de Florença em muitas passagens, assim como alguns de seus contemporâneos florentinos famosos, que também são personagens da obra.
Florença teve origem num antigo povoado etrusco. A cidade foi governada pela Família Médici desde o ínicio do século XV até meados do século XVIII. O primeiro líder da cidade pertencente à Família Médici foi Cosme, o Velho, chegou ao poder e 1437. Foi um protector dos judeus na cidade, iniciando uma longa relação da família com a comunidade judaica, uma relação tensa, que se tornaria comprometedora com a Inquisição italiana.
Florença teve antes e durante o período de governo dos Médici uma influente comunidade judaica, que deteve papel fundamental na arte, finanças e negócios da cidade até que os judeus passaram a ser perseguidos mais fortemente pela Inquisição italiana.
A Grande Sinagoga de Florença, também conhecida como Tempo Maggiore, é considerada uma das mais belas da Europa.
Destacam-se as diversas e belíssimas catedrais e épocas e estilos diferentes. A cidade também é cenário de obras de artistas do Renascimento, como Michelangelo, Leonardo da Vinci, Gioto, entre outros.
Nesta cidade nasceram os papas: Leão X, Clemente VII, Clemente VIII, Leão XI, Urbano VIII, Clemente XII.



Santa Maria del Fiori

É uma das obras da arte gótica e da primeira renascença italiana, considerada de fundamenal importância. A Basílica di Santa Maria del Fiore é a catedral, da Arquidiocese da Igreja Católica Romana para a História da Arquitetura, registro da riqueza e do poder da capital da Toscana nos séculos XIII e XIV. Seu nome (cuja tradução é Santa Maria da Flor) parece referir-se ao lilium, símbolo de Firenze, mas, documento do Século XV, por outro lado, informa que “flor”, no caso, refere a Cristo.

Duomo

O Duomo de Firenze, como o vemos hoje, é o resultado de um trabalho que se estendeu por seis séculos. Seu projeto básico foi elaborado por Arnolfo di Cambio no final do século XIII, sua cúpula é obra de Filippo Brunelleschi, e sua fachada teve de esperar até o século XIX para ser concluída. Ao longo deste tempo uma série de intervenções estruturais e decorativas no exterior e interior enriqueceriam o monumento, dentre elas a construção de duas sacristias e a execução de esculturas e afrescos por Paolo Uccello, Andrea del Castagno, Giorgio Vasari e Federico Zuccari, autor do Juízo Final no interior da cúpula. Foi construída no lugar da antiga catedral dedicada a Santa Reparata, que funcionou durante nove séculos até ser demolida completamente em 1375.
Em 1293, durante a República Florentina, o notário Mino de Cantoribus sugeriu a substituição de Santa Reparata por uma catedral ainda maior e mais magnificente, de tal forma que "a indústria e o poder do homem não pudessem inventar ou mesmo tentar nada maior ou mais belo", e estava preparado para finaciar a construção. Entretanto, esperava-se que a população contribuísse, e todos os testamentos passaram a incluir uma cláusula de doação para as obras. O projeto foi confiado a Arnolfo em 1294, e ele cerimoniosamente lançou a pedra fundamental em 8 de setembro de 1296.
Arnolfo trabalhou na construção até 1302, ano de sua morte, e embora o estilo dominante da época fosse o gótico, seu projeto foi concebido com uma grandiosiddade clássica. Arnolfo só pôde trabalhar em duas capelas e na fachada, que ele teve tempo de completar e decorar só em parte. Com a morte do arquiteto o trabalho de construção sofreu uma parada. Um novo impulso foi dado quando em 1330 foi descoberto o corpo de São Zenóbio em Santa Reparata, que ainda estava parcialmente de pé. Giotto então foi indicado supervisor em 1334, e mesmo que não tivesse muito tempo de vida (morreu em 1337) ele decidiu concentrar suas energias na construção do campanário. Giotto foi sucedido por Andrea Pisano até 1348, quando a peste reduziu a população da cidade de 90 mil para 45 mil habitantes.
Francesco Talenti, supervisor entre 1349 e 1359, o campanário foi concluído e preparou-se um novo projeto para o Duomo, com a colaboração de Giovanni di Lapo Ghini: a nave central foi dividida em quatro espaços quadrangulares com duas alas retangulares, reduzindo o número de janelas planejadas por Arnolfo. Em 1370 a construção já estava bem adiantada, o mesmo se dando com o novo projeto para a abside, que foi circundada por tribunas que amplificaram o trifólio de Arnolfo. Por fim Santa Reparata terminou de ser demolida em 1375. Ao mesmo tempo continuou-se o trabalho de revestimento externo com mármores e decoração em torno das entradas laterais, a Porta dei Canonici (sul) e a Porta della Mandorla (norte), esta coroada com um relevo da Assunção, última obra de Nanni di Banco.
Contudo, o problema da cúpula ainda não fora resolvido. Brunelleschi fez seu primeiro projeto em 1402, mas o manteve em segredo. Em 1418, a Opera del Duomo, a centenária empresa administradora dos trabalhos na Catedral, anunciou um concurso que Brunelleschi haveria de vencer, mas o trabalho não iniciaria senão dois anos mais tarde, continuando até 1434. A Catedral foi consagrada pelo Papa Eugênio IV em 25 de março (o Ano Novo florentino) de 1436, 140 anos depois do início da construção. Os arremates que ainda esperavam conclusão eram a lanterna da cúpula (colocada em 1461) e o revestimento externo com mármores brancos de Carrara, verdes de Prato, e vermelhos de Siena, de acordo com o projeto original de Arnolfo.
A fachada original, desenhada por Arnolfo di Cambio, só foi começada em meados do século XV, realizada de fato por vários artistas em uma obra coletiva, mas de toda forma só foi terminada até o terço inferior. Esta parte foi desmantelada por ordem de Francesco I de' Medici entre 1587 e 1588, pois era considerada totalmente fora de moda naquela altura. O concurso que foi aberto para a criação de uma nova fachada acabou em um escândalo, e os desenhos subseqüentes que foram apresentados não foram aceitos. A fachada ficou, então, despida até o século XIX, mas estatuária e ornamentos originais sobrevivem no Museu Opera del Duomo e em museus de Paris e Berlim.
Em 1864 Emilio de Fabris venceu um concurso para uma nova fachada, que é a que vemos hoje, um enorme e magistral trabalho de mosaico em mármores coloridos em estilo neogótico, com uma volumetria dinâmica e harmoniosa. Pronta em 1887, foi dedicada à Virgem Maria, e é ricamente adornada com estatuária de elegante e austero desenho. Em 1903 terminaram-se as monumentais portas de bronze, com várias cenas em relevo e outras decorações.
Sua planta é basilical, com três naves, divididas por grandes arcos suportados por colunas monumentais. Tem 153m de comprido por 38m de largo, e 90m no transepto. Seus arcos se elevam até a 23 m de altura, e o cume da cúpula, a 90 m.
Suas decorações internas são austeras, e muitas se perderam no curso dos séculos. Alguns elementos acharam abrigo no Museu Opera del Duomo, como os coros de Luca della Robbia e Donatello. Subsistem também os monumentos a Dante, a John Hawkwood, a Niccolò da Tolentino, a Antonio d'Orso, e os bustos de Giotto (Benedetto de Maiano), Brunelleschi (de Buggiano - 1447), Marsilio Ficino, e Antonio Squarcialupi.
Sobre a porta de entrada há um relógio colossal com decoração em pintura de Paolo Uccello, e acertado de acordo com a hora italica, uma divisão do tempo comumente empregada na Itália até o século XVIII, que dava o por-do-sol como o início do dia.
Os vitrais são os maiores em seu gênero na Itália entre os séculos XIV e XV, com imagens de santos do Velho e Novo Testamento. O crucifixo é obra de Benedetto da Maiano, a talha do coro de Bartolommeo Bandinelli, e as portas da sacristia são de Luca della Robbia.
Foi ampliado consideravelmente no século XVI (de 1557 a 1566) por Bartolomeo Ammannati que, a mando de Dona Leonor de Toledo, esposa do conde Cosmo de Médici, converteu um palácio inacabado num complexo palácio dividido em três alas. Porém, na primeira metade do século XVII, Giulio e Afonso Parigi encarregaram-se de ampliar o palácio novamente, mas desta feita, somente na parte frontal. Esta foi também a última ampliação do palácio.
No século XIX, o palácio foi usado como base militar por Napoleão I, e de seguida serviu por um curto período de tempo como residência oficial dos reis da Itália. No início do século XX, o Palazzo Pitti, juntamente com o seu conteúdo, foi doado ao povo italiano por Vítor Emanuel III; por esse motivo, as suas portas foram abertas ao público e converteu-se numa das maiores galerias de arte de Florença. Hoje em dia, mantém-se como museu público, mas as suas colecções iniciais foram ampliadas.

Palazzo Pitti

O banqueiro Luca Pitti (1398- 1472) iniciou os trabalhos no palácio em 1458. A construção deste severo e imponente edifício foi encomendada pelo banqueiro florentino , amigo e aliado de Cosme de Médicis. O início da história deste palácio é uma mistura de mito e realidade. Diz-se que Luca Pitti queria construir um grande palácio capaz de suplantar o Palazzo Medici Riccardi, dando precisas instruções sobre o tamanho das janelas (estas deviam ser maiores que o pórtico do Palazzo Medici Riccardi). Ilustres personalidades como Vasari, mantiveram que Brunelleschi foi o verdadeiro arquitecto do palácio e que o seu aprendiz Luca Fancelli realizou simplesmente a tarefa de ajudante. Actualmente, atribui-se o desenho do palácio a Fancelli.
Alem das óbvias diferenças estilísticas entre ambos os arquitectos, Brunelleschi morreu doze anos antes do início das obras do palácio. O desenho e a posição dos vãos sugerem que Fancelli tinha mais experiência em arquitectura utilitária doméstica que nas regras do Humanismo, definidas por Alberti no seu manual De Re Aedificatoria.
O palácio original, embora impressionante, não logrou rivalizar em termos de tamanho e conteúdo com a magnificência das residências da Família Médici. O arquitecto ia em contracorrente em relação à moda da época, pois a alvenaria acumulada da pedra reforçada pela repetição de vãos e arcadas dão ao edifício uma aparência severa e dura, que recorda um aqueduto do Império Romano (arte all'antica). Este desenho original superou o avançar do tempo, pois a fórmula da sua fachada manteve-se durante as sucessivas ampliações do palácio, estendendo a sua influência em numerosas imitações durante a sua época e nas recriações do século XVIII.
Os trabalhos do palácio pararam devido aos incidentes financeiros sofridos por Luca Pitti provocados pela morte de Cosme de Médicis, em 1464, permanecendo o edifício incompleto aquando da morte do banqueiro, em 1472.
O edifício foi vendido, em 1549, por Buonaccorso Pitti, descendente de Luca, a Leonor de Toledo, esposa de Cosmo I, Grão-Duque da Toscana, e que havia sido educada na luxuosa Corte de Nápoles. Ao mudar-se para o palácio, Cosme encomendou a Vasari a ampliação do edifício para adequá-lo aos seus gostos e necessidades. O tamanho do palácio aumentou consideravelmente, tendo sido construído um passadiço elevado desde a antiga residência Real, o Palazzo Vecchio, atravessando os Uffizi e a Ponte Vecchio, até ao Palazzo Pitti. Este passadiço recebeu o nome de Corridoio Vasariano (Corredor Vasariano). Isto permitia ao Grão-Duque e à sua família deslocar-se, facilmente e de uma forma segura, entre a sua residência oficial e o Palazzo Pitti.
Inicialmente, este palácio foi usado, essencialmente, para alojar hóspedes oficiais e, ocasionalmente, funções da Corte, enquanto a principal residência dos Médici permanecia no Palazzo Vecchio. Foi somente durante o reinado do filho de Leonor de Toledo, Fernando I, e da sua esposa, Cristina de Lorena que o palácio foi ocupado a tempo inteiro e se tornou casa da colecção de arte dos Médici.
Foram adquiridos uns terrenos ao fundo do palácio, na colina do Bóboli, para criar um grande parque, os Jardins do Bóboli. Os paisagistas que trabalharam neste projecto foram Niccolo Tribolo e Bartolomeo Ammannati. O desenho original do jardim rodeava um anfiteatro, situado por trás do corps de logis do palácio, no qual se representavam teatrais de dramaturgos do nível de Giovanni Battista Cini para a culta Corte florentina, com elaborados cenários desenhados pelo arquitecto da Corte, Baldassarre Lanci.
Com o projecto do jardim em boas mãos, Ammanati voltou as suas atenções para a criação de uma grande praça imediatamente por trás da fachada principal, para ligar o palácio com o seu novo jardim. Para que estivesse ao mesmo nível da praça, foi necessário escavar na ladeira da colina de Bóboli. A alvenaria acanalada deste pátio viria a ser largamente copiada, nomeadamente no palais Parisiense de Maria de Médici, o Palácio de Luxemburgo. Ammanati também criou as finestre inginocchiate na fachada principal, substituindo as reentrâncias em cada extremo. Entre os anos 1558 e 1570, Ammanati criou uma monumental escadaria, que permitiu aceder com maior pompa ao piano nobile, e acrescentou duas alas na fachada do jardim, as quais rodeavam o recém criado pátio. Do lado do jardim, Amannati construiu uma gruta chamada de Gruta de Moisés devido à estátua do profeta que ali está instalada, e no terraço por cima desta, ao nível das janelas do piano nobile, criou uma fonte centrada no eixo; esta foi mais tarde substituída pela Fontana del Carciofo ("Fonte da Alcachofra"), desenhada pelo antigo assistente de Giambologna, Francesco Susini, e finalizada em 1641.
Em 1616 foi aberto um concurso para desenhar as ampliações à principal fachada urbana, mediante três módulos em cada extremo, cujo vencedor foi Giulio Parigi; os trabalhos na ala Norte começaram em 1618 e na Sul em 1631, estes últimos a cargo de Alfonso Parigi.
Durante o século XVIII foram construídas duas alas perpendiculares, desenhadas pelo arquitecto Giuseppe Ruggeri, a fim de criar uma praça central em frente da fachada, protótipo do cour d’honeur (pátio de honra), logo copiado em França. Muitas outras alterações e adições de menor importância foram feitas ao longo dos anos, sob diferentes governantes e a cargo de arquitectos diversos.

O Palazzo Pitti na atualidade

Em comparação com muitos dos maiores palácios italianos, o exterior do Palazzo Pitti não se destaca à primeira vista: o palácio não tem a imponência e impressionante presença do Reggia di Caserta, as caracetísticas de cidadela do Palazzo Reale di Torino, nem a elegância do Palazzo Reale di Napoli ou do Palácio do Quirinal, o palácio dos Papas em Roma e mais tarde palácio Real, ambos com fachadas de Domenico Fontana. O mérito da arquitectura do Palazzo Pitti reside na sua grande severidade e simplicidade. Um tema arquitectónico contínuo usado ao longo de quatro séculos produziu massivas mas ao memso tempo oimpressionantes elevações e fachadas que negam a longa evolução e história da estrutura. A arquitectura prende a atenção em virtude do tamanho, força e reflexo da luz do Sol nos vidros e pedras, ligado ao tema repetitivo, quase monótono. A ornamentação e elegância do desenho ficam em segundo plano na vasta e sólida massa dos trabalhos de pedra rusticados, realçados somente pela frequência das seteiras das janelas arcadas. Como em muitos palácios italianos, é necessário entrar no edifício para apreciar realmente a sua arquitectura.
O controle do Palazzo Pitti, actualmente transformado uma adaptação a museu a partir de um palácio Real, está nas mãos do estado italiano através do Polo Museale Fiorentino (Polo Museulógico Florentino), uma instituição que administra vinte museus, incluindo os Uffizi, e ultimamente está responsável por 250.000 obras de arte catalogadas. Apesar da sua metamorfose de residêndcia Real em propriedade pública, o palácio, situado no seu local elevado com vista privilegiada de Florença, ainda retém o aspecto e atmosfera de uma colecção privada numa grande casa. Isto também se deve, em grande parte, à organização Amici di Palazzo Pitti (Amigos do Palazzo Pitti), um grupo de voluntários e patronos fundado em 1996, a qual recolhe fundos e dá sugestões para a manutenção do palácio e das colecções, além de colaborar na melhoria contínua da exposição visual.
Actualmente, com os seus seis séculos de existência, o Palazzo Pitti está mais esplêndido e melhor conservado que em qualquer outra época da sua história. Florença recebe mais de cinco milhões de visitantes por ano e, para muitos destes, o Palazzo Pitti constitui uma paragem obrigatória. Desta forma, o palácio continua a impressionar os visitantes com os esplendores de Florença, o propósito para o qual foi originalmente construído.

Casas de Lorena e Sabóia.

O palácio foi a residência principal dos Médici até à morte, em 1737, do último herdeiro varão, João Gastão de Médici, Grão Duque da Toscana, sendo ainda ocupado brevemente pela sua irmã, Ana Maria Luisa de Médici, cuja morte iria pôr fim à ilustre linhagem. A propriedade passou, então, para as mãos dos novos Duques, membros da Casa de Lorena, na pessoa de Francisco I, Imperador do Sacro Império Romano Germânico. A posse do palácio por parte dos austríacos foi brevemente interrompida por Napoleão Bonaparte, o qual utilizou o palácio como residência durante o seu domínio da Itália.
Quando em 1860, a Toscana se tornou numa província do Reino da Itália, o palácio converteu-se em propriedade da Casa de Sabóia. Depois do Risorgimento, enquanto Florença serviu por pouco tempo como capital da Itália, o Rei Vítor Emanuel II utilizou o edifício como residência, até 1871. O seu neto, Vítor Emanuel III doou o palácio à nação em 1919.
O palácio e outros edifícios situados dentro dos Jardins do Bóboli foram divididos em cinco galerias de arte e um museu, os quais albergam a maior parte do seu conteúdo original e diversas aquisições estatais. As 140 salas abertas ao público pertencem às ampliações do núcleo original realizadas nos séculos XVI e XVII. Conservam-se interiores antigos e adições posteriores, como o Salão do Trono. No ano 2005 foram descobertos uns banhos do século XVIII, que mostram a instalação de canalizações muito semelhantes às dos sanitários atuais.

Galeria Palatina

A Galeria Palatina, situada no primeiro andar do piano nobile é, talvez, a mais famosa das galerias, com um grande conjunto de mais de 500 importantes obras de pintores da Renascença, as quais faziam parte das dolecções privadas dos Médici e dos seus sucessores. Esta galeria, que atravessa os apartamentos Reais, contém trabalhos de Rafael, Titian, Correggio, Rubens e Pietro da Cortona. A galeria mantém um carácter de colecção privada, com as obras de arte dispostas em grande parte como devem ter estado nas grandes salas para as quais foram idealizadas, em vez de estarem organizadas de seguindo uma sequência cronológica, ou de acordo com a escola de arte.
As salas mais admiráveis foram decoradas por Pietro da Cortona em puro estilo Barroco. Os bem recebidos afrescos de Cortona descrevemdo a Idade do Ouro e a Idade da Prata na Salla della Stuffa foram pintados em 1637 e seguídos, em 1641 de mais dois dedicados à Idade do Cobre e à Idade do Ferro. Representam a confusão da vida e são consideradas obras primas do pintor. O artista foi, consequentemente, convidado a decorar um conjunto de sete salas na frente do palácio. O tema para estes deveria ser a influência astrológica na vida do governante. Em 1647, quando Cortona deixou Florença, havia finalizado apenas três das salas, Marte, Júpiter e Vénus, as quais inspirariam, mais tarde as Salas dos Planetas no Palácio de Versailles de Luís XIV, desenhadas por Charles Le Brun. As outras salas foram concluídas na década de 1660 por Ciro Ferri.
A colecção foi aberta ao público pela primeira vez, embora com alguma relutância, no final do século XVIII, pelo Grão Duque Pedro Leopoldo, o primeiro governador ilustrado da Toscânia, o qual se encontrava desejoso de obter popularidade depois do fim dos Médici.

Apartamentos Reais

Os apartamentos Reais formam um conjunto de 14 salas, usadas formalmente pela Família Médici e pelos seus sucessores. Estas salas têm sido muito alteradas desde a Era dos Médici, principalmente durante o século XIX, e contêm uma colecção de retratos dos Médici, muitos deles realizados por Giusto Sustermans.
Em contraste com os grandes salões da Galeria Palatina, muitas destas câmaras são pequenas e íntimas e, embora luxuosos e formais, estão mais de acordo com as necessidades quotidianas. O Reis da Itália usaram o Palazzo Pitti como residência até 1920, pois embora este já tivesse sido convertido em museu, tinha algumas salas reservadas (actualmente a Galeria de Arte Moderna) para as suas visitas a Florença.

Galeria de Arte Moderna

Esta enorme coleção, que se estende por mais de 30 salas, inclui trabalhos de artistas do movimento Macchiaioli e de outras escolas italianas modernas do final do século XIX e início do século XX. As pinturas dos artistas Macchiaioli são de particular interesse, uma vez que estes pintores toscanos do século XIX, liderados por Giovanni Fattori foram os percursores do movimento impressionista. O título da Galeria de Arte Moderna pode parecer incorrecto a alguns, uma vez que as obras expostas nela expostas cobrem um periodo de 1700 aos primeiros anos de 1900. Não estão incluídos na colecção exemplos de arte mais recente. Isso deve-se ao facto de, na Itália, o termo "Arte Moderna" se referir ao período anterior à Segunda Guerra Mundial, sendo a arte do período que se seguiu, geralmente, conhecida como "Arte Contemporânea". Na Toscânia, esta arte pode ser encontrada no Centro per l'arte contemporanea Luigi Pecci (Centro para a Arte Contemporânea Luigi Pecci) em Prato, uma cidade localizada a aproximadamente 15 quilómetros de Florença.

Museu da Prata

O Museu da Prata, por vezes chamado de "O tesouro Médici", contém uma colecção de peças valiosas em prata, camafeus, trabalhos em gemas semipreciosas e ourivesaria da Antiguidade, pertencentes à colecção de Lourenço de Médici. Estas salas formavam parte dos apartamentos privados, decoradas com afrescos por pintores do século XVII como Giovanni di San Giovanni, entre 1635 e 1636. O Museu da Prata também possui um magnífico conjunto de prada alemã, doada pelo Grão Duque Fernando III depois do seu regresso do exílio, em 1815, no seguimento da ocupação francesa.

Museu da Porcelana

Tendo aberto ao público pela primeira vez em 1973, o Museu da Porcelana está instalado no Casino del Cavaliere, nos Jardins do Bóboli. A peças de porcelana são provenientes de várias das mais notáveis fábricas de porcelana europeias, com Sèvres e Meissen (próximo de Dresden) bem representadas. Muitos dos elementos desta colecção foram oferecidos aos governantes florentinos por outros soberanos europeus, enquanto que outros trabalhos foram encomendados propositadamente para a Corte do Grão-Duque. De particular interesse são vários grandes serviçoes de jantar da fábrica de Vincennes, mais tarde rebaptizada de Sèvres, e uma colecção de pequenas miniaturas em biscuit.

Galeria do Traje

A Galeria do Traje, situada numa ala do palácio conhecida por "Palazzina della Meridiana", contém uma colecção de figurinos teatrais datados desde o século XVI até ao presente. É, também, o único museu da Itália a detalhar a história da moda italiana. Sendo uma das mais recentes colecções do palácio, foi fundada em 1983 por Kristen Aschengreen Piacenti. A galeria expõe, adicionalmente aos trajes teatrais, artigos de vestuário usados entre o século XVIII e a actualidade. Algumas das peças exibidas são peculiares do Palazzo Pitti; entre estas incluém-se as vestes funerárias quinhentistas do Grão Duque Cosme I de Médico, da sua esposa, Leonor de Toledo e do seu filho Garcia, os dois últimos vitimados pela malária. Os seus corpos devem ter sido vestidos para o funeral de estado com roupas mais refinadas, antes de serem vestidos com roupas mais simples para o enterro. A galeria exibe também uma colecção de jóias de traje de meados do século XX. A Sala Meridiana, originalmente, ostentava um funcional instrumento meridiano solar, incorporado na decoração de afrescos por Anton Domenico Gabbiani.

Museu dos Coches

Situado no piso térreo do palácio, o Museu dos Coches exibe carruagens e outros transportes usados pela Corte Grã-Ducal, principalmente nos séculos XVIII e XIX. Algumas destas carruagens são altamente decorativas, sendo adornadas não só com dourados, mas também com pinturas de paisagens nos seus painéis. As que foram usadas nas ocasiões mais importantes, como a "Carrozza d'Oro" (Carruagem de Ouro) são encimadas por coroas de ouro, as quais deveriam indicar o lugar e a posição dos seus ocupantes. Outros pontos de interesse são as caleches do Rei das Duas Sicílias, do Arcebispo de Florença e de outros dignatários florentinos.

Palazzo Strozzi

O Palazzo Strozzi (Palácio Strozzi), na zona central de Florença, é um dos mais notáveis edifícios da fase inicial da Renascença italiana. De tamanho imponente (foi necessário destruir 15 edifícios para construí-lo), encontra-se entre as homónimas Via Strozzi e Plaza Strozzi, e a Via Tornabuoni, com grandiosos portais que fazem de entrada, todos idênticos, em cada um dos três lados que não se encontram encostados a outros edifícios.
Autêntica obra prima da arquitectura civil florentina do Renascimento, foi construído, entre 1489 e 1538, para a família Strozzi, uma das mais importantes linhagens patrícias florentinas, tradicionalmente hostil à facção dos Médici, que o manteve na sua posse até 1907, ano em que foi legado ao Estado italiano. O projecto do edifício é do arquitecto Benedetto da Maiano, que o projectou por encomenda de Filippo Strozzi.
A família Strozzi havia-se exilado de Florença, em 1434, devio à sua opocição aos Médici, mas graças à fortuna acumulada como banqueiro em Nápoles, Filippo Strozzi pôde voltar à cidade em 1466, decidido a esmagar os seus rivais. Esta ideia tornou.se numa verdadeira obsessão e durante anos comprou e demoliu edifícios em volta da sua residência para, dseta forma, dispor do terreno necessário para edificar o maior palácio alguma vez visto em Florença.
Giuliano da Sangallo fez um modelo do Palazzo Strozzi em madeira entre 1489 e 1490 (actualmente no Bargello) mas Giorgio Vasari adjudicou o projecto a Benedetto da Maiano, o arquitecto preferido de Lourenço o Magnífico. Com tanto dinheiro à disposição, nenhum aspecto do projecto foi deixado ao acaso, tendo-se chegado, inclusivamente, a chamar astrónomos para decidir qual era o dia mais propício para colocar a primeira pedra. Os trabalhos começaram, pois, em 1489, mas somente dois anos depois falecia Filippo Strozzi. Os seus herdeiros prosseguiram, embora com dificuldades, a dispendiosa construção do sonho de Filippo.
À morte de Benedetto da Maiano, quando o edifício em obras havia chegado ao segundo piso, os trabalhos foram confiados a Simone del Pollaiolo, chamado Il Cronaca, o qual realizou a coroação da fachada e o pátio porticado. Del Pollaiolo manteve-se como encarregado da obra até ao dia 31 de Outubro de 1504, como atestam documentos da época.
Depois de várias interrupções causadas pela oscilante situação económica da família, o palácio foi terminado em 1538 por Baccio d'Agnolo, que cuidou também dos espaços interiores e dos móveis, mas deixou a cornija incompleta num dos lados, tendo permanecido assim até hoje. O edifício foi confiscado pelo Grão-Duque Cosme I de Médici no mesmo ano, sendo devolvido aos Strozzi trinta anos depois.
Em 1638, Guerardo Silvani realizou a capela do primeiro andar e, em 1662, ampliou a escadaria sobra a Via Tornabuoni.
Foi somente em 1864 que se agregou o longo da Via Tornabuoni o chamado "banco de rua" (panca di via), executado por Giuseppe Poggi sob encomenda do Príncipe Ferdinando Strozzi. Nesta ocasião também se reabriu o portão da Plaza Strozzi e o pátio foi unido ao nível da rua com uma rampa, para permitir que as carroças acedessem ao coração do palácio. Entre 1886 e 1889 foram restauradas as fachadas, o que aconteceria novamente no início do século XX.
O palácio representa o exemplo mais perfeito do ideal de edifício senhorial do Renascimento.
Foi voluntariamente construído num tamanho superior ao do Palazzo Medici, do qual copiou a forma cúbica desenvolvida sobre três andares em volta dum pátio central, e a parede revestida com a típica pietraforte florentina inclinada para o alto. À altura da rua abrem-se janelas rectangulares, enquanto que nos pisos superiores se podem encontrar duas séries de elegantes janelas bíforas sobre cornijas dentadas.
Em cada um dos três lados que dão para a rua, abrem-se três portais com arcadas, de solene classicismo.
Em torno do palácio corre um rodapé contínuo, e o edifício está coroado por uma imponente cornija apoiada sobre uma faixa lisa, a qual se interrompe na Via Strozzi.
No exterior encontram-se os porta-archotes e porta-bandeiras, e as argolas de ferro forjado para os cavalos, o melhor exemplo desta forma artística e obra prima de Niccolò Grosso, chamado Il Caparra, o mais famoso ferreiro de Florença activo no século XV, mencionado também por Vasari em Le Vite. São particularmente notáveis as obras das esquinas: porta-archotes com forma de dragões e esfínges, e as lucernas com a forma de templo com pontas, parecendo assemelhar-se a cebolas, que antigamente davam nome à Plaza Strozzi.

O Palazzo Strozzi na atualidade

O palácio manteve-se como propriedade da família Strozzi até 1937, quando foi adquirido pelo Instituto Nacional de Seguros (Istituto Nazionale delle Assicurazioni), restaurado, e posteriormente cedido ao Estado Italiano em 1999. Actualmente é sede de dois importantes institutos:
O Gabinete Vieusseux, nascido da associação literária e científica de Gian Pietro Vieusseux, fundada em 1819. Esta associação foi frequentada, entre outras personalidades, por Stendhal. Conserva também uma importante biblioteca, e publica mensalmente a Nuova Antologia (desde os anos 80 a publicação é cuidada pela Fundação Giovanni Spadolini.
O Instituto Nacional de Estudos sobre o Renascimento (Istituto Nazionale di Studi sul Rinascimento).
O primeiro andar acolhe, anualmente, importantes mostras de arte contemporânea.

Ponte Vecchio

A Ponte Vecchio (Ponte Velha) é uma ponte medieval sobre o Rio Arno, em Florença, na Itália, famosa por ter uma quantidade de lojas (principalmente ourivesarias e joalharias) ao longo de todo o tabuleiro.
Acredita-se que tenha sido construída ainda na Roma Antiga e era feita originalmente de madeira. Foi destruída pelas cheias de 1333 e reconstruída em 1345, com projecto da autoria de Taddeo Gaddi. Consiste em três arcos, o maior deles com 30 metros de diâmetro. Desde sempre alberga lojas e mercadores, que mostravam as mercadorias sobre bancas, sempre com a autorização do Bargello, a autoridade municipal de então. Diz-se que a palavra bancarrota teve ali origem. Quando um mercador não conseguia pagar as dívidas, a mesa (banco) era quebrada (rotto) pelos soldados. Essa prática era chamada bancorotto.
Durante a Segunda Guerra Mundial, a ponte não foi danificada pelos alemães. Acredita-se que tenha sido uma ordem direta de Hitler.
Ao longo da ponte, há vários cadeados, especialmente no gradeamento em torno da estátua de Benvenuto Cellini. O facto é ligado à antiga ideia do amor e dos amantes: ao trancar o cadeado e lançar a chave ao rio, os amantes tornavam-se eternamente ligados. Graças a essa tradição e ao turismo desenfreado, milhares de cadeados tinham de ser removidos com frequência, estragando a estrutura da ponte. Devido a isso, o município estipulou uma multa de 50 euros para quem for apanhado, em flagrante, a colocar cadeados na ponte.

Basílica de Santa Maria Novella

A Basílica de Santa Maria Novella é uma igreja em Florença, na Itália. Situa-se no noroeste da parte antiga da cidade, na piazza de mesmo nome, quase junto à principal estação ferroviária florentina.
No século IX, ali havia o pequeno oratório de Santa Maria delle Vigne; em 1049 foi construída a pequena Santa Maria Novella, concedida em 1221 aos dominicanos. A ampliação principia em 1279, seguindo o projeto de Fra Sisto da Firenze e Fra Ristoro da Campi. Completa em meados do século XIII, a nova igreja só é consagrada, pelo papa Eugênio IV, em 1420.
Giorgio Vasari foi o arquiteto da reforma levada a cabo entre 1565 e 1571, que removeu o recinto do coro e reconstruiu os altares laterais. Já entre 1858 e 1860, reformou-se novamente a basílica, sob ordens de Enrico Romoli.
O interior, em forma de cruz latina, é subdividido em três naves, a central com cem metros de comprimento.
Artistas que aí trabalharam incluem Filippo Brunelleschi, Domenico Ghirlandaio, Masaccio, além do próprio Vasari.


Galeria degli Uffizi

A Galleria degli Uffizi (em português, Galeria dos Ofícios), é um palácio que abriga um dos mais famosos museus do mundo.
O duque Cósimo I de Médici encomendou ao famoso arquitecto Vasari, em 1560, uma edificação para reunir em um só local os treze principais magistrados (chamados ‘’uffizi’’) então espalhados por diversos locais de Florença, onde poderia controlá-los diretamente, transformando o velho Palácio ‘’della Signoria’’ numa nova sede do governo, de acordo com o status de potência que a cidade alcançou após a conquista de Siena.
Vasari projetou um prédio em forma de U, com um braço longo a leste, que deveria incorporar a antiga igreja românica de ‘’São Pedro Scheraggio’’, um tramo curto assentado na margem do Rio Arno e outro braço curto a oeste, englobando a ‘’Zecca Vecchia’’, sede do correio por muito tempo e após o restauro de 1988, incorporado ao museu. Os três andares da construção começam com um térreo em ‘’loggiato’’ delimitado por pilastras com nichos (só decorados com estátuas a partir de 1842), um segundo andar com janelas e o terceiro destinado ao uso exclusivo do príncipe. Foi construído com pedra do vale de Mensola, adotando a ordem dórica.
Algum tempo depois, Cósimo decide unir o Palácio ‘’Vecchio’’ ao Palácio ‘’Pitti’’, nova residência da família Médici por um caminho particular e elevado, também executado por Vasari, o chamado ‘’Corredor de Vasari’’, que usava a galeria, a Ponte ‘’Vecchio’’sobre o Arno e uma passarela coberta sobre a rua.
Com Francesco de Médici, que sucedeu Cósimo a partir de 1574, completa-se a construção em 1580. Entre 1579 e 1581, decoram o tecto com afrescos, chamados de ‘’grotescos’’ por causa dos motivos utilizados. E finalmente, em 1581, Francesco decide utilizar a galeria do ultimo andar para reunir sua coleção de pinturas, estátuas, objetos de arte antigos e modernos, armaduras, miniaturas, medalhas, para deleite de sua família e da nobreza local.
Para acomodar melhor a coleção, o arquiteto Buontalenti constrói no braço longo da galeria a chamada ‘’Tribuna’’, construção octogonal inspirada na Torre dos ventos de Atenas, como descrita por Vitrúvio no seu primeiro livro. A exposição das obras segue apenas o critério de mostrar a gloria dos Médici. Com o tempo e principalmente no século 17, as exposições foram se transformando, modificando o ordenamento original. As reformas modificaram um teatro e um jardim suspenso, da mesmo época e arquiteto.
A partir de 1587, com o novo duque, Ferdinando I de Médici, novos acréscimos como uma coleção de retratos, uma seção de cartografia e uma coleção de instrumentos científicos são incorporadas. Após a morte de Ferdinando, a galeria permanece inalterada por muito tempo.
Com o fim da era dos Médici, apenas com Pietro Leopoldo de Lorena voltam as obras na ‘’Gallerie degli Uffize’’, com a construção de uma nova entrada e a abertura das visitas ao publico geral, em 1769. Propiciou também uma reorganização das coleções entre 1780 e 1782, seguindo critérios do Iluminismo. Retiraram vários objetos para outros museus, concentrando na ‘’Galleria degli Uffize’’ principalmente as pinturas e esculturas, ordenadas por escolas. Em 1779 foram trazidas as esculturas da vila Médici de Roma, um conjunto de esculturas clássicas antigas agrupadas na sala ‘’Niobe’’.
Entre 1842 e 1856 colocadas as vinte e oito estátuas dos nichos externos do edifício, homenageando homens ilustres da Toscana como Giotto, Maquiavel e Donatello. Desde então poucos acréscimos foram feitos, apenas uma grande reforma, basicamente restauro, em 1988.
Em 27 de maio de 1993, um atentado a bomba, com a explosão de um automóvel carregado de explosivos, atribuído a mafiosos, mas de autoria ainda não esclarecida, danificou alguns ambientes da galeria e do corredor de Vasari. Muitas peças foram transferidas para a reserva técnica, mas com os reparos e o aumento da segurança, as coisas voltaram ao normal.
A ‘’Galleria degli Uffize’’ é dividida em salas ou ambientes, cerca de cinqüenta, nomeadas geralmente pelo artista mais importante exposto. Temos salas dedicadas aos maiores artistas do Renascimento, como Leonardo da Vinci e Rafael, salas com arte clássica da Roma antiga, uma grande coleção de quadros de Botticelli com suas incomparáveis ‘’Primavera’’ e ‘’O Nascimento de Venus’’ e obras dos maiores artistas do mundo como Michelangelo, Tiziano, Durer ou Rubens. Cada uma delas vale a visita, e a ‘’Galleria degli Uffizi’’ hoje em dia é uma das maiores atrações turísticas de Florença e um dos mais importantes museus do mundo.


Obras

O Nascimento de Vénus, uma das obras mais importantes dos UffiziCimabue (Maestà)
Duccio (Maestà)
Giotto (A Madonna de Ognissanti, Badia Polyptych)
Simone Martini (A Anunciação)
Paolo Uccello (A batalha de San Romano)
Piero della Francesca (Díptico do Duque Federico da Montefeltro e Duquesa Battista Sforza de Urbino)
Fra Filippo Lippi (Madonna com Menino e Dois Anjos)
Sandro Botticelli (Primavera, O Nascimento de Vênus, A Adoração dos Magos entre outros)
Hugo van der Goes (O Tríptico de Portinari )
Leonardo da Vinci (O Baptismo de Cristo, A Anunciação, A Adoração dos Magos)
Piero di Cosimo (Perseus liberando Andromeda)
Albrecht Dürer (A Adoração dos Magos)
Michelangelo (The Doni Tondo)
Rafael (Madonna de Goldfinch, Papa Leão X com os cardeais Giulio de' Medici e Luigi de' Rossi)
Tiziano (Flora, A Vénus de Urbino)
Parmigianino (A Madonna do pescoço longo)
Caravaggio (Baco, O Sacrifício de Isaac, Medusa)
Andrea Mantegna Triptico com a Adoração dos Magos, Circuncisão e Ascenção
Antônio de Correggio Adoração do Menino, Repouso na fuga ao Egito, Glória da Madona



Nenhum comentário: