sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Diferente...


Diferente não é quem pretenda ser...esse é um imitador do que ainda não foi imitado, nunca um ser diferente.
Diferente é quem foi dotado de alguns mais e de alguns menos em hora, momento e lugar errados para os outros.
Que riem de inveja de não serem assim.
E de medo de não agüentar, caso um dia venham, a ser.
O diferente é um ser sempre mais próximo da perfeição.
O diferente nunca é um chato...mas é sempre confundido por pessoas menos sensíveis e avisadas.
Supondo encontrar um chato onde está um diferente, talentos são rechaçados; vitórias, adiadas; esperanças, mortas.
Um diferente medroso, este sim, acaba transformando-se num chato.
Chato é um diferente que não vingou.
Os diferentes muito inteligentes percebem porque os outros não os entendem.
Os diferentes raivosos acabam tendo razão sozinhos, contra o mundo inteiro.
Diferente que se preza entende o porque de quem o agride.
Se o diferente se mediocrizar, mergulhará no complexo de inferioridade.
O diferente paga sempre o preço de estar - mesmo sem querer - alterando algo, ameaçando rebanhos, carneiros e pastores.
O diferente suporta e digere a ira do irremediavelmente igual: a inveja do comum; o ódio do mediano.
Overdadeiro diferente sabe que nunca tem razão, mas que está sempre certo.
O diferente começa a sofrer cedo, já no primário, onde os demais de mãos dadas, e até mesmo alguns adultos por omissão, se unem para transformar o que é peculiaridade e potencial em aleijão e caricatura. O que é percepção aguçada em : "Puxa, fulano, como você é complicado". O que é o embrião de um estilo próprio em : "Você não está vendo como todo mundo faz? "
O diferente carrega desde cedo apelidos e marcações os quais acaba incorporando. Só os diferentes mais fortes do que o mundo se transformaram ( e se transformam) nos seus grandes modificadores.
Diferente é o que vê mais longe do que o consenso, o que sente antes mesmo dos demais começarem a perceber.
Diferente é o que se emociona enquanto todos em torno agridem e gargalham...
É o que engorda mais um pouco; chora onde outros xingam; estuda onde outros burram.
Quer onde outros cansam.
Espera de onde já não vem.
Sonha entre realistas.
Concretiza entre sonhadores.
Fala de leite em reunião de bêbados.
Cria onde o hábito rotiniza.
Sofre onde os outros ganham.
Diferente é o que fica doendo onde a alegria impera.
Aceita empregos que ninguém supõe.
Perde horas em coisas que só ele sabe importantes.
Engorda onde não deve.
Diz sempre na hora de calar.
Cala nas horas erradas.
Não desiste de lutar pela harmonia.
Fala de amor no meio da guerra.
Deixa o adversário fazer o gol, porque gosta mais de jogar do que de ganhar.
Ele aprendeu a superar riso, deboche, escárnio, e consciência dolorosa de que a média é má porque é igual.
Os diferentes aí estão: enfermos, paralíticos, machucados, engordados, magros demais, inteligentes em excesso, bons demais para aquele cargo, excepcionais, narigudos, barrigudos, joelhudos, de pé grande, de roupas erradas, cheios de espinhas, de mumunha, de malícia ou de baba.
Aí estão, doendo e doendo, mas procurando ser, conseguindo ser, sendo muito mais.
A alma dos diferentes é feita de uma luz além. Sua estrela tem moradas deslumbrantes que eles guardam para os pouco capazes de os sentir entender.
Nessas moradas estão tesouros da ternura humana. De que só os diferentes são capazes.
Não mexa com o amor de um diferente. A menos que você seja suficientemente forte para suporta-lo depois."
(Arthur da Távola)

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Amizade é amor...


A amizade é uma das formas mais bonitas de amor. Sim, porque o amor se divide em várias formas.
Há amigos que a gente encontra pela primeira vez e entram como uma flecha, diretamente no nosso coração. Dizemos imediatamente que "nosso sangue combina com o de fulano."
Outros, ah, esses precisam de um tempo; precisamos conhecê-los bem para que consigam conquistar um cantinho, que geralmente se torna muito importante com o tempo; esses amigos são muitas vezes carregados de defeitos, pelo menos no nosso julgamento, e nem todo mundo está disposto a se abrir o suficiente para conhecê-los, porque muitas vezes "o sangue não combina" e não queremos mesmo dar oportunidade. Isso é uma pena! Há realmente pérolas escondidas dentro de conchas aparentemente feias. Nem sempre é assim, mas se a gente não der a oportunidade, nunca vai saber.
Há ainda aqueles que a vida nos impôs, como os colegas de escola, a turma da rua ou da igreja; esses fazem parte da nossa vida por um tempo. Alguns a gente perde de vista com o tempo e só fica mesmo a lembrança e a saudade. Outros, continuam caminhando com a gente. Tudo depende muito das circunstâncias. Mas quem não gostaria, vinte ou trinta anos depois, de reencontrar uma velha turma? !
E há hoje em dia os virtuais. Engraçado, mas falamos dos virtuais como se não fôssemos. Mas somos também, já que uma moeda sempre tem dois lados. E esses tomam uma parte importante na nossa vida também. Alguns vão desaparecer com o tempo, mas outros, os verdadeiros, vão ficar enfeitando nossa vida por longo tempo.
É... mas com tudo isso, uma coisa é certa: só vamos saber quem são nossos verdadeiros amigos nas horas difíceis. É fácil ser amigo quando tudo vai bem, quando tudo é festa; mas quando estamos por baixo, depressivos, tristes, precisando, que seja material ou moralmente, aí sim é que vamos conhecer nossos verdadeiros amigos.
E quando os reconhecemos, devemos guardá-los bem apertadinhos junto de nós, porque são esses os Anjos que o Senhor utiliza para abençoar a nossa vida! ´
(Letícia Thompson)

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Apaixone-se...


Apaixone-se pela manhã, que em todos os dias te levanta com os pés firmes no chão.
Apaixone-se pelas canções, que mesmo quando todos se calam, elas ainda sussurram o refrão em seus ouvidos.
Apaixone-se pelo hoje, que te faz respirar, enxergar, sentir, viver...
Apaixone por você, pois não existirá ninguém melhor para se amar do que a si mesmo, pois só descobrimos o que é amor, quando nos apaixonamos primeiramente por nós mesmos.
Apaixone-se pela vida, ela é o único presente que você diz que não pediu, mas que jamais deseja perder.
Apaixone-se mil vezes pela mesma coisa, se esse sentimento te faz crescer...
Apaixone-se cada dia mais e mais.
Apaixone-se pelos dias, eles passam depressa e quando você menos esperar eles já não existem mais.
Apaixone-se por cada conversa, pois ela pode ser definitiva dependendo da circunstância.
Apaixone-se pela dança, principalmente se for a dois, pois ela te faz sentir vivo, capaz.
Apaixone-se por quem te faz sorrir, pois essa pessoa merece muito mais do que você imagina.
Apaixone-se!
A vida te presenteia quando você se entrega e acredita no amor.
Apaixone-se pela vontade de amar, pois existirá um momento em que sozinho não dará mais para ficar.
Algumas pessoas sentem medo de se apaixonar, e no entanto não se dão a oportunidade para apaixonar-se por um sonho.
A vida é curta e na entrega ao medo perdemos um tempo precioso.
Apaixone-se por um sonho, acredite que tudo dará certo, pois somente a sua fé trará seu sonho pra perto de você.
Você poderá se perder em meio a uma multidão, mas alguém predestinado irá te encontrar, basta você acreditar.
Você poderá sentir solidão, querer e não ter alguém para compartilhar um desejo... mas acredite, esse alguém está chegando, é que por algum motivo algo o atrasou, mas a sua fé o trará para perto de você.
Apaixone-se, pois uma vida repleta de canções te espera.
E o amor simplesmente virá trazendo consigo uma alma apaixonada.
Apaixone-se, pois no final poderá contemplar a magia de tudo aquilo que teve fé.
Tudo tem hora e lugar para acontecer, basta você confiar, confiar que tudo que aconteceu é merecimento por seus sinceros desejos.
O tempo vai passar, e com ele você irá envelhecer...
E nessa rotina da vida, nunca se esqueça...
Apaixone-se mil vezes por você, seja em qual época ou lugar for...APAIXONE-SE!
(Autor Desc.)


terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Eu desejo...


Eu desejo que desejes ser feliz de um modo possível e rápido.
Desejo que desejes uma via expressa rumo a realizações não utópicas, mas viáveis, que desejes coisas simples como um suco gelado depois de correr ou um abraço ao chegar em casa...
Desejo que desejes com discernimento e com alvos bem mirados,
Mas desejo também que desejes com audácia...
Que desejes uns sonhos descabidos e que ao sabê-los impossíveis não os leve em grande consideração...
Mas os mantenha acesos, livres de frustração.
Desejes com fantasia e atrevimento, estando alerta para as casualidades e os milagres.
Para o imponderável da vida, onde os desejos secretos são atendidos.
Desejo que desejes trabalhar melhor, que desejes amar com menos amarras,
Que desejes parar de fumar, que desejes viajar para bem longe...
E desejes voltar para teu canto, desejo que desejes crescer...
E que desejes o choro e o silêncio, através deles somos puxados pra dentro,
Eu desejo que desejes ter a coragem de se enxergar mais nitidamente.
Mas desejo também que desejes uma alegria incontida,
Que desejes mais amigos, e nem precisam ser melhores amigos,
Basta que sejam bons parceiros de esporte e de mesas de bar,
Que desejes o bar tanto quanto a igreja,
Mas que o desejo pelo encontro seja sincero,
Que desejes escutar as histórias dos outros,
Que desejes acreditar nelas e desacreditar também,
Faz parte este ir-e-vir de certezas e incertezas,
Que desejes não ter tantos desejos concretos,
Que o desejo maior seja a convivência pacífica com outros que desejam outras coisas.
Desejo que desejes alguma mudança,
Uma mudança que seja necessária e que ela não te pese na alma,
Mudanças são temidas, mas não há outro combustível para essa travessia.
E desejo, principalmente...
Que desejes desejar, que te permitas desejar,
Pois o desejo é vigoroso e gratuito, o desejo é inocente,
Não reprima teus pedidos ocultos,
Desejo que desejes vitórias, romances, diagnósticos favoráveis, mais dinheiro e sentimentos vários,
Mas desejo, antes de tudo, que desejes, simplesmente.
(Martha Medeiros)

domingo, 25 de janeiro de 2009

Eu amo São Paulo...



SÃO PAULO
por Washington Olivetto


Alguns dos meus queridos amigos cariocas têm mania de achar
São Paulo
parecida com Nova York.
Discordo deles. Só acha São Paulo parecida com Nova York
quem não conhece bem a cidade.
Ou melhor, quem a conhece superficialmente e imagina que
São Paulo seja apenas uma imensa Rua Oscar Freire.


Na verdade, o grande fascínio de São Paulo é parecer-se com
muitas cidades ao mesmo tempo e,
por isso mesmo, não se parecer com nenhuma.


São Paulo, entre muitas outras parecenças, se parece com
Paris no Largo do Arouche, Salvador na
Estação do Brás, Tóquio na Liberdade, Roma ao lado do
Teatro Municipal, Munique em Santo Amaro ,
Lisboa no Pari, com o Soho londrino na Vila Madalena e com a
pernambucana Olinda na Freguesia do Ó.
São Paulo é um somatório de qualidades e defeitos, alegrias
e tristezas, festejos e tragédias. Tem hotéis de luxo,
como o Fasano, o Emiliano e o L'Hotel, mas também tem
gente dormindo embaixo das pontes.
Tem o deslumbrante
pôr-do-sol do Alto de Pinheiros e a exuberante vegetação da
Cantareira, mas também tem o ar mais poluído do país.


Promove shows dos Rolling Stones e do U2, mas também
promove acidentes como o da cratera do metrô
e o do avião da TAM em Congonhas.
São Paulo é sempre surpreendente. Um grupo de meia
dúzia de paulistanos significa um italiano, um japonês,
um baiano, um chinês, um curitibano e um alemão.
São Paulo é realmente curiosa. Por exemplo: têm
diversos grandes times de futebol, sendo que um deles
leva o nome da própria cidade e recebeu o apelido 'o mais querido'.
Mas, na verdade, o maior e o mais
querido é o Corinthians, que tem nome inglês, fica perto
da Portuguesa e foi fundado por italianos,
igualzinho ao seu inimigo de estimação, o Palmeiras.
São Paulo nasceu dos santos padres jesuítas, em 1554, mas chegou a
2007 tendo como celebridade o permissivo
Oscar Maroni, do afamado Bahamas.
São Paulo já foi chamada de 'o túmulo do samba'
por Vinicius de Moraes, coisa que Adoniran Barbosa, Paulo Vanzolini
e Germano Mathias provaram não ser verdade, e, apesar da
deselegância discreta de suas meninas, corretamente
constatada por Caetano Veloso, produziu chiques, como
Dener Pamplona Abreu e Gloria Kalil.


Em São Paulo se faz pizzas melhores que as de Nápoles,
sushis melhores que os de Tóquio, lagareiras melhores
que as de Lisboa e pastéis de feira melhores que os de Paris,
até porque em Paris não existem pastéis,
muito menos os de feira.
Em alguns momentos, São Paulo se acha o
máximo, em outros um horror.


Nenhum lugar do planeta é tão maniqueísta.

São Paulo teve o bom senso de imitar os botequins
cariocas, e agora são os cariocas que andam imitando
as suas imitações paulistanas.
São Paulo teve o mau senso de ser a primeira cidade
brasileira a importar a CowParade, uma colonizada e
pavorosa manifestação de subarte urbana, e agora o
Rio faz o mesmo.
São Paulo se poluiu visualmente com a CowParade,
mas se despoluiu com o Projeto Cidade Limpa.
Agora tem de começar urgentemente a despoluir o Tietê
para valer, coisa que os ingleses já provaram ser
perfeitamente possível com o Tâmisa.
Mesmo despoluindo o Tietê, mantendo a cidade limpa,
purificando o ar, organizando o mobiliário urbano,
regulamentando os projetos arquitetônicos, diminuindo as invasões
sonoras e melhorando o tráfego,
São Paulo jamais será uma cidade belíssima.
Porque a beleza de São Paulo não é fruto da mamãe
natureza, é fruto do trabalho do homem.


Reside, principalmente, nas inúmeras oportunidades que
a cidade oferece, no clima de excitação permanente,
na mescla de raças e classes sociais.
São Paulo é a cidade em que a democratização da beleza,
fenômeno gerado pela miscigenação, melhor se
manifesta.
São Paulo é uma cidade em que o corpo e as mãos do
homem trabalharam direitinho, coisa que se reconhece
observando as meninas que circulam pelas ruas.


E se confirma analisando obras como o Pátio do Colégio
(local de fundação da cidade), a Estação da Luz
(onde hoje fica o Museu da Língua Portuguesa),
o Mosteiro de São Bento, a Oca, no Parque do Ibirapuera,
o Terraço Itália, a Avenida Paulista, o Sesc Pompéia,
o palacete Vila Penteado, o Masp, o Memorial da América
Latina, a Santa Casa de Misericórdia, a
Pinacoteca e mais uma infinidade de
lugares desta cidade que não
pode parar, até porque tem mais carros
do que estacionamentos.
São Paulo não é geograficamente linda, não tem
mares azuis, areias brancas nem
montanhas recortadas.
Nossa surfista mais famosa é a Bruna, e
nossos alpinistas, na maioria, são sociais.


Mas, mesmo se levarmos o julgamento para o
quesito das belezas naturais, São Paulo se dá mundialmente
muito bem por uma razão tecnicamente comprovada.Entre as maiores cidades do mundo, como
Tóquio, Nova York e Cidade do México, em matéria de
proximidade da beleza, São Paulo é, disparado, a melhor.
Porque é a única que fica a apenas 45 minutos de vôo do Rio de Janeiro.
O mais importante é que com essa
distância nenhuma bala perdida pode alcançar São Paulo!


(Washington Olivetto é paulista, paulistano e publicitário).

sábado, 24 de janeiro de 2009

A arte de ser alguém...


A solidão e a invisibilidade do ser caminham de mãos dadas. Sozinho é aquele que não aparece para os outros, que tem medo até de se olhar no espelho porque a própria imagem aparece como uma companhia inexistente.
Há pessoas que passam a existência em busca de aprovação, sem realmente estar nessa busca e sentem-se sempre como uma pálida cor no quadro da vida.
Elas querem ser vistas, amadas, apreciadas, mas não saem do lugar, ficam sempre à espera que um reconhecimento haja.
Mas o que torna uma pessoa visível ou invisível aos olhos dos outros? Ninguém precisa ser importante no sentido de possuir coisas ou ser um ser extraordinário para que possa ser visto ou amado. Não são as outras pessoas que nos tornam visíveis ou invisíveis, solitários ou cerdados de pessoas, somos nós.
Quando damos de nós, vamos deixando pedacinhos do nosso eu nos outros, de maneira que vamos nos tornando presentes e inesquecíveis. As pessoas sempre querem se aproximar daquilo que lhes faz bem, que é positivo, estão sempre voltadas para aquilo que vai valorizá-las de alguma forma.
Quem reclama que não se sente amado, não se sente procurado, que acha que passa pela vida como uma forma vazia e sem importância, deveria ver o mundo pelo outro lado da janela, de fora para dentro.
Faça o contrário, aja, ame, torne-se alguém pelo menos para alguém, seja aquilo que você gostaria que os outros vissem em você. Ninguém deve ter o poder de nos transformar, nós devemos ter o poder e a possibilidade de trabalhar do nosso interior para o exterior. Somos nós que nos construímos ou nos destruímos, que aparecemos ou desaparecemos.
As pessoas vêm em nós o que parecemos a elas. Elas não nos fazem, a menos que permitamos. Nós nos fazemos!
Se sentimos essa necessidade de sermos queridos e apreciados, queiramos e apreciemos. É impossível esconder uma luz numa noite escura e, creiam, o mundo atual é para muitos uma noite escura e sem estrelas. Sejamos então uma luz. E as pessoas com necessidade disso virão a nós.
Estaremos assim cumprindo nossa missão, daremos o que precisam e recuperaremos em nós o que precisamos para nos sentir inteiros e saciados.
Embora as pessoas façam parte da nossa história, elas não a escrevem. Nós o fazemos, com todos os instrumentos que temos ou aqueles que nos inventamos.
As marcas dos nossos passos só podem ser deixadas por nós mesmos.
(Letícia Thompson)

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Caminhada...

Caminhada

Às vezes nos sentimos meio perdidos, sozinhos e sentimos a necessidade de buscar novos caminhos para nossas vidas.
Nessa caminhada, encontramos muitas pedras que lapidadas, transformam-se em uma jóia preciosa: a experiência!
Encontraremos pessoas mais novas, e com elas, reaprenderemos a inocência perdida.
Encontraremos pessoas mais idosas, e com elas, aprenderemos a ser maduros.
Aprenderemos que o fogo que queima, também esquenta as noites de frio.
Em algum momento, nossa caminhada será interrompida e aprenderemos que foi apenas uma pausa para o descanso da alma.
Às vezes achamos que perdemos algumas pessoas, mas depois percebemos que elas é que nos perderam.
Sentiremos medo e solidão, mas encontraremos sempre a mão amiga daquele que foi crucificado por nós.
E se achamos que a caminhada é longa demais, temos a garantia do abraço sempre aconchegante daqueles que também dariam a vida por nós: nossos pais.
Ao final desta grande caminhada que se chama Vida, perceberemos que o que realmente importa são aquelas coisas que podemos carregar dentro de nossos corações.
Portanto, guarde somente os bons sentimentos.
Assim chegaremos com o coração leve e a mala cheia de boas lembranças!
(Nicholas Montessori)

O que alguém disse...


O Que Alguém Disse


"Refugia-te na Arte" diz-me Alguém "
Eleva-te num vôo espiritual,
Esquece o teu amor, ri do teu mal,
Olhando-te a ti própria com desdém.

Só é grande e perfeito o que nos vem
Do que em nós é Divino e imortal!
Cega de luz e tonta de ideal
Busca em ti a Verdade e em mais ninguém!"

No poente dourado como a chama
Estas palavras morrem... E n'Aquele
Que é triste, como eu, fico a pensar...

O poente tem alma: sente e ama!
E, porque o sol é cor dos olhos d'Ele,
Eu fico olhando o sol, a soluçar...

(Florbela Espanca)
in "Livro de Sóror Saudade"

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Sinceridade...


Sinceridade

Sincera é uma palavra doce e confiável.
Sincera é uma palavra que acolhe…
e essa é uma palavra que deveria estar no vocabulário de toda alma.

Sicnera foi uma palavra inventada pelos romanos.
Sincero vem do velho, do velhíssimo latim…
Eis a poética viagem que fez sincero de Roma até aqui:

Os romanos fabricavam certos vasos de uma cera especial.
Essa cera era às vezes tão pura e perfeita,
que os vasos se tornavam trasparentes.
Em alguns casos, chegava-se a se distinquir um objeto,
um colar, uma pulseira ou um dado,
que estivesse colocado no interior do vaso.
Para o vaso, assim fino e límpido, dizia o romano vaidoso:

- Como é lindo!!! Parece até que não tem cera!!!

“Sine-cera” queria dizer “sem cera”
uma qualidade de vaso perfeito, finíssimo, delicado,
que deixava ver através de suas paredes,
e da antiga cerâmica romana, o vocábulo passou a
ter um significado muito mais elevado.

Sincero, é aquele que é franco,
leal, verdadeiro, que não oculta,
que não usa disfarces,
malícias ou dissimulações.

O sincero, a semelhança do vaso,
deixa ver através de suas palavras,
os nobres sentimentos de seu coração.

(Malba Tahan)

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Almas gemeas...


Almas gemeas


Quando duas almas se encontram o que realça primeiro não é a aparência física, mas a semelhança de almas.
Elas se compreendem e sentem falta uma da outra.
Entristecem-se por não terem se encontrado antes, afinal tudo poderia ser tão diferente...
No entanto sabem que o caminho é este, e que não haverá retorno para as suas pretensões.
É como se elas falassem além das palavras, entendessem a tristeza do outro, a alegria, o desejo, mesmo estando em lugares diferentes.
Quando almas afins se entrelaçam, passam a sentir saudade uma da outra num processo contínuo de reaproximação até a consumação.
Almas que se encontram podem sofrer bastante também, pois muitas vezes tais encontros acontecem em momentos onde não mais podem extravasar toda a plenitude do amor que carregam, toda a alegria de amar e querer compartilhar a vida com o outro, toda a emoção contida à espera do encontro tão desejado.
Desejam coisas tão simples de viver...
Como ver o pôr-do-sol, caminhar por uma estrada com lindas árvores, ver a noite chegar, ir ao cinema e comer pipocas, rir e brincar.
Amar e amar, muitas vezes sabendo que logo depois poderão estar juntas de novo sem que a despedida se faça presente.
Porém muitas vezes elas se encontram em um tempo e em um espaço diferente do que suas realidades possam permitir.
Mas depois que se encontram ficam marcadas, tatuadas e ainda que nunca venham a caminhar para sempre juntas, elas jamais conseguirão se separar.
Terão de se rever algum dia...

(Autor Desc.)

domingo, 18 de janeiro de 2009

Temperamentos e afinidades...


Temperamentos e afinidades


O que é melhor para o relacionamento de um casal: que eles sejam iguais ou diferentes?
Alguns apostam nos casais siameses: os dois corintianos, os dois petistas, os dois fumantes.
Já outros preferem o antagonismo: ele Corinthians, ela Palmeiras; ele PT, ela PMDB; ele fumante, ela presidente da Associação de Combate ao Câncer de Pulmão.
Cada casal tem sua fórmula para dar certo, mas um pouco de equilíbrio ajuda a manter a estabilidade.
O melhor parceiro é aquele que é bem diferente de nós e ao mesmo tempo muito parecido. Como? Diferente no temperamento, mas com mil afinidades.
Dois calmos vão pegar no sono muito rápido.
Dois gulosos vão passar muito tempo no supermercado.
Dois sedentários vão emburrecer na frente da tevê.
Dois avarentos nunca terão um champanhe dentro da geladeira.
Dois falantes jamais vão escutar um ao outro.
Temperamentos iguais se neutralizam.
Temperamentos opostos é que provocam faísca.
Ele é super responsável, paga as contas em dia e jamais ficou sem combustível.
Ela, ao contrário, é zen. Sua música preferida é um mantra. Não sabe que dia é hoje, mas tem certeza que é abril.
Brigas à vista?
Que nada. Ela o acalma, ele a acelera, e os dois inventam o próprio ritmo.
O que importa é que avançam na mesma direção.
Quando o projeto de vida é antagônico, aí é que a coisa complica.
Ele adora o campo, odeia produtos industrializados e não perde o Globo Rural.
Ela almoça e janta hamburger, tem horror a qualquer ser vivo com mais de duas patas e raspou suas economias para ver o show dos Rolling Stones em São Paulo, sua cidade modelo.
Ele odeia a instituição chamada família.
Ela, ao contrário, não abre mão das macarronadas dominicais na casa da mãe.
Ele não sobe num avião nem sob decreto, ela sonha em dar a volta ao mundo.
Ele quer ter quatro filhos, ela ligou as trompas quando fez 18 anos.
Ele é ativista político, faz doações para o partido e participa de sindicatos.
Ela vota em quem estiver liderando nas pesquisas.
Ele não admite televisão em casa, ela não admite menos de três: uma na sala, outra no quarto e uma de dez polegadas na cozinha.
Pode dar certo?
Pode, mas alguém vai ter que abrir mão dos seus sonhos.
Temperamentos diferentes provocam discussões contornáveis.
Já a falta de afinidades pode reduzir um dos dois a mero coadjuvante da vida do outro.
Alguém vai ter que ceder muito, e se não tiver talento para a submissão, vai sofrer.
Logo, não importa se ele chega sempre atrasado e você é a rainha da pontualidade, desde que ambos tenham a mesma visão de mundo e os mesmos valores.
Esse é o prato principal de todo relacionamento.
O resto é tempero!!!!


(Marta Medeiros)

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Amor incondicional...


Amor incondicional


Tantos tipos de amor tenho visto por aí.
Amores fracos, desnutridos de coragem.
Amores fortes, que atravessam muitas barreiras, mas que em certo momento, tropeçam numa pequena pedra, caem e não conseguem mais se levantar.
De tantos e todos os tipos de amor que conheci, houve um que jamais esquecerei: o amor incondicional.
Aquele que existe apesar de, e que atravessa qualquer tipo de tempestade, tropeça em muitos obstáculos e mesmo assim não deixa de existir; não altera a sua rota, não diminui a sua dimensão, não perde o seu peso, não permite que o seu brilho seja ofuscado.
Só ama incondicionalmente quem é possuidor de uma alma grande, e esse tipo de alma normalmente é acompanhada de um espírito de luz.
Amar assim é não viver subjugado a "mas" e "poréns", é não ter critérios para doar esse amor, é não exigir troca e abrir mão de reciprocidade.
Quando se ama incondicionalmente tem um espaço dentro do cérebro que fica reservado em definitivo para que nas 24 horas do dia, o pensamento não se afaste do objeto desse amor.
Já no coração, não existe um espaço designado para guardá-lo, porque ele é todo esse amor, vivenciado e sentido enquanto ele bater.
Amor incondicional não tem orgulho de nenhuma espécie. Não se envaidece de sua capacidade, nem de sua força, não tem necessidade de alardear a sua existência, nem demonstrar o seu imenso universo, ele é simplesmente um amor humilde, puro e despretensioso e justo, por isso, se torna grandioso.
Corações que vivem esse tipo de amor, são generosos, eternos, mesmo depois que param de bater, são sublimes e por isso, conseguem guardar dentro deles tanta ternura.
Amor incondicional não faz de conta que é, não se obriga a desistir de si msm, não precisa viver de fantasias, nem andar travestido de ilusões para prosseguir o seu caminho.
Esse amor do qual estou falando é por si só inteiro, não agoniza e muitas vezes inexiste aos olhos dos outros, mas quem ama incondicionalmente, sabe a receita exata de como vivê-lo sem dores.
Felizes daqueles que despertam essa maneira de amar em alguém, esses sim, têm motivos de sobra para se orgulhar por terem conseguido atingir de forma tão especial um coração carregado do mais puro dos sentimentos.
Amor se torna incondicional quando ele já se acomodou dentro do peito, já se conformou com a estrada que terá que percorrer e já não há mais possibilidade de derrapar em nenhuma curva desse caminho, nem ser atropelado por qualquer dúvida.
É quando tudo o que ficou para trás já não importa e o que está por vir não vai mudar nada.
O amor incondicional é aquele que doa o melhor de si, mesmo que esteja recebendo o pior de alguém, porque ele não depende de ser querido, nem de ser aceito e não esmorece se for ignorado.
Esse amor é daqueles amores que no passado já sangraram muito, latejaram, abriram enormes feridas, mas que ainda assim não deixaram marcas, nem cicatrizes, porque a partir daí, resplandeceram e passaram a viver em eterno estado de graça, até o instante que se eternizaram.
Há quem diga que o amor incondicional é masoquista, isso não é verdade, esse tipo de amor é o inútil.
O amor inútil sim, alimenta-se de sofrimento, resiste a tudo cco esperanças de alcançar o seu objetivo, que já ficou bem claro, não será conquistado.
O amor inútil é aquele que já foi embora mas saiu tão mansamente que nem deixou que percebessem sua partida, ao contrário do incondicional, que se instalou dentro de alguém e não pretende procurar a saída.
O amor incondicional não corre atrás de sonhos impossíveis, não precisa disso.
Ele já é maduro, há muito deixou de ser adolescente, e envelhecer também não está nos seus planos, porque o amor que se torna velho, é um amor cansado, desgastado, exaurido.
Já o incondicional é e sempre será, ativo, independente, coerente, auto-suficiente, porque se reserva o direito de ser solitário e ainda assim completo e realizado, porque reside nele, a certeza de sua inocência, pureza e sinceridade.
Existe um encontro marcado entre o amor incondicional, a glória e o esplendor em algum canto do mundo, em algum instante da vida ou em algum momento após a morte, mas ele não conta os dias para isso, nem sequer consulta o relógio, embora para ele, o momento desse encontro seja a grande magia da sua existência.
Amor incondicional é de uma elegância imensurável, de uma postura invejável e de uma personalidade única.
Felizes daqueles que são merecedores de serem amados incondicionalmente e mais felizes ainda, aqueles que se permitem amar assim, porque são eles os grandes heróis da vida.
Infelizes daqueles que não conseguem perceber quando despertam esse tipo de amor, que não têm a sensibilidade de sentí-lo ao seu redor e valorizá-lo, independente do que podem oferecer a ele.
Amar incondicionalmente é uma arte!
Ser amado assim, um presente divino!



(Silvana Duboc)

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

A felicidade do outro...


A felicidade do outro


Acho que sabemos que amamos verdadeiramente uma pessoa quando a vemos partir, isso nos parte em mil, e ainda assim desejamos que ela seja feliz, mesmo se nossos mil pedaços vagam chorando em cada canto.
Só o amor nos torna seres assim tão superiores, capazes de tanta grandeza.
Desejar a felicidade de quem magoou nosso coração não é assim coisa tão fácil. Exige de nós uma força extraordinária. Uma luta se trava em nós: parte nos empurra, nos cega para o bom e abre nosso coração à mágoa e outra parte se enche de ternura com as lembranças do que de bom vivemos.
É nosso eu doente e nosso eu são dentro de um mesmo espaço e cada qual tentando falar mais alto.
Como desejar a felicidade de quem nos feriu?
Como passar por cima?
Não somos santos, é o que nos dizemos. Somos feitos de carne, osso, alma e coração. Temos sentimentos... e os bons ficam assim tão miúdos quando os maus aparecem...
Só mesmo um coração maior que nós e nosso eu para vencer uma luta como essa.
Só mesmo um amor sem tamanho e uma bondade sem limites.
O amor é uma água bendita! Ele lava as mágoas, ele purifica, deixa branco, sem mácula.
Se você for capaz de perdoar a alguém que feriu seu coração e ainda desejar a felicidade dele, saiba que o amor é o dom maior que vive no seu ser e que você é uma pessoa bem-aventurada!
E pessoas bem-aventuradas não só caminham com a felicidade do lado, elas caminham de mãos dadas com ela e vai chegar fatalmente o dia em que essa felicidade vai abraçá-las.


(Letícia Thompson)

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Pessoas Especiais...


Pessoas Especiais


Todos nós queremos ser pessoas especiais...
Mais que uma questão de ter o ego saciado, sentir-se especial é sentir-se valorizado, diferente, mas de maneira enriquecedora.
Que somos únicos todo mundo fala. Não existem duas pessoas iguais, mesmo se a semelhança entre muitas pode ser extraordinária vez ou outra.
Deus nos fez assim, diferentes, semelhantes e criaturas dele como todas essas maravilhosas coisas que nos cercam.
Mas acontece de nos sentirmos pequenos e insignificantes. Nem sempre sabemos lidar com nossos problemas e as coisas parecem tomar uma proporção muito maior do que são na realidade.
Quantas vezes sentimos que o chão se abre sob nossos pés e nos perguntamos onde encontraremos forças para não cair! E nos perguntamos ainda onde outras pessoas conseguem encontrar forças, como conseguem, como levantam a cabeça, se erguem e vencem!
O que torna realmente uma pessoa especial em relação a outra não é o fato dela ter nascido com melhores condições. Se assim fosse, Jesus estaria entre a classe dos comuns, pois não poderia ter vindo ao mundo de maneira mais humilde.
O que torna uma pessoa especial é a sua vontade, convertida em capacidade de lidar com os tropeços da vida, as dúvidas, quedas, doenças e tantos outros impecilhos ao bem-viver.
Para uns é mais fácil do que para outros sim, mas para todos é possível olhar para o Alto, se inclinar, trabalhar consigo e com suas emoções, dar a volta por cima e sair vitorioso.
O que nos segura e mantém vivos é a nossa fé, nossa esperança num amanhã ou numa eternidade que sabemos que está à nossa frente e nos espera. Como provar nossos conhecimentos se não passarmos por provas?
Cada dia quando fechamos a porta do último minuto e nos preparamos para o dia seguinte, é uma vitória alcançada.
Pessoas especiais aos olhos de Deus são as que não desistem, as que se voltam, recuam quando necessário e avançam quando preciso. São as que nunca perdem a coragem, mesmo nas aflições.
As que guardam a calma na tormenta porque tiraram da vida as lições, as que sabem que Deus não nos abandona, mas respeita, embora com tristeza, quando nos afastamos dele.
Pessoas especiais abrem-se ao mundo e o abraçam. E por onde passam vão deixando rastros de luz, perfume de sabedoria, esperança para os que ficaram para trás, exatamente como deseja o coração de Deus.


(Letícia Thompson)

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Preces do Zodíaco...


Preces do Zodíaco


ÁRIES
"Querido Deus! Dê-me PACIÊNCIA, e eu a quero AGORA"!

TOURO
"Deus, por favor, ajude-me a aceitar MUDANÇAS em minha vida, mas NÃO AGORA."

GÊMEOS
"Ei Deus... (Ou será deusa?)... Quem é você?... O que é você?... Onde está você?... Quantos de você há? Eu não posso te imaginar!"

CÂNCER
"Querido Papaizinho, sei que eu não deveria depender tanto de você, mas você é a Única pessoa com quem eu posso sempre contar, enquanto meu cobertor está sendo lavado."

LEÃO
"Oi, Papi! Eu posso apostar como você está realmente orgulhoso em ter a mim como seu filho!"

VIRGEM
"Querido Deus, por favor faça do mundo um lugar melhor, e não o destrua como você fez da última vez."

LIBRA
"Querido Deus, eu sei que eu deveria tomar minhas decisões sozinho. Mas, por outro lado, o que VOCÊ acha?"

ESCORPIÃO
"Querido Deus, ajude-me a perdoar meus inimigos, mesmo que os crápulas não mereçam."

SAGITÁRIO
"OH ONIPOTENTE, ONISCIENTE, TODO AMOROSO, TODO PODEROSO, ONIPRESENTE, ETERNO DEUS, SE EU LHE PEÇO UMA VEZ, ESTOU PEDINDO CENTENAS DE VEZES, AJUDE-ME A PARAR DE EXAGERAR!"

CAPRICÓRNIO
"Querido Pai, eu estava indo rezar, mas acho que devo descobrir as coisas por mim mesmo. Obrigado de qualquer forma."

AQUÁRIO
"Oi, Deus! Alguns dizem que você é homem. Outros dizem que você é mulher. Eu digo que todos nós somos DEUS. Então, por que rezar? Vamos fazer uma festa!"

PEIXES
"Pai Celestial, enquanto eu me preparo para consumir este último quinto de scotch para esquecer minha dor e meu sofrimento, possa meu embriagamento servir para aumentar sua Honra e Glória."


domingo, 11 de janeiro de 2009

Idosos ou Velhos?


Idosos ou Velhos?


Você se considera uma pessoa idosa, ou velha?
Acha que é a mesma coisa?
Pois então ouça o depoimento de um idoso de setenta anos...
Idosa é uma pessoa que tem muita idade. Velha é a pessoa que perdeu a jovialidade.
A idade causa degenerescência das células. A velhice causa a degenerescência do espírito.
Por isso nem todo idoso é velho e há velho que ainda nem chegou a ser idoso.
Você é idoso quando sonha. É velho quando apenas dorme.
Você é idoso quando ainda aprende. É velho quando já nem ensina.
Você é idoso quando pratica esportes, ou de alguma outra forma se exercita. É velho quando apenas descansa.
Você é idoso quando ainda sente amor. É velho quando só tem ciúmes e sentimento de posse.
Você é idoso quando o dia de hoje é o primeiro do resto de sua vida. É velho quando todos os dias parecem o último da longa jornada.
Você é idoso quando seu calendário tem amanhãs. É velho quando seu calendário só tem ontens.
O idoso é aquela pessoa que tem tido a felicidade de viver uma longa vida produtiva, de ter adquirido uma grande experiência. Ele é uma ponte entre o passado e o presente, como o jovem é uma ponte entre o presente e o futuro. E é no presente que os dois se encontram.
Velho é aquele que tem carregado o peso dos anos, que em vez de transmitir experiência às gerações vindouras, transmite pessimismo e desilusão. Para ele, não existe ponte entre o passado e o presente, existe um fosso que o separa do presente pelo apego ao passado.
O idoso se renova a cada dia que começa; o velho se acaba a cada noite que termina.
O idoso tem seus olhos postos no horizonte de onde o sol desponta e a esperança se ilumina. O velho tem sua miopia voltada para os tempos que passaram.
O idoso tem planos. O velho tem saudades.
O idoso curte o que resta da vida. O velho sofre o que o aproxima da morte.
O idoso se moderniza, dialoga com a juventude, procura compreender os novos tempos. O velho se emperra no seu tempo, se fecha em sua ostra e recusa a modernidade.
O idoso leva uma vida ativa, plena de projetos e de esperanças. Para ele o tempo passa rápido, mas a velhice nunca chega. O velho cochila no vazio de sua vida e suas horas se arrastam destituídas de sentido.
As rugas do idoso são bonitas porque foram marcadas pelo sorriso. As rugas do velho são feias porque foram vincadas pela amargura.
Em resumo, idoso e velho, são duas pessoas que até podem ter a mesma idade no cartório, mas têm idade bem diferente no coração.
A vida, com suas fases de infância, juventude, madureza, é uma experiência constante.
Cada fase tem seu encanto, sua doçura, suas descobertas.
Sábio é aquele que desfruta de cada uma das fases em plenitude, extraindo dela o melhor. Somente assim, na soma das experiências e oportunidades, ao final dos seus anos guardará a jovialidade de um homem sábio.
Se você é idoso, guarde a esperança de nunca ficar velho.

Autor desconhecido - extraído do site: www.direitodoidoso.com.br

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Seja você mesmo...


Seja você mesmo


Quando nos recusamos a passar quem realmente somos para os outros, é a nossa imagem que eles passam a conhecer e até a amar ou não apreciar, e não aquilo que somos verdadeiramente.
Freqüentemente as pessoas têm medo do julgamento dos outros e elas preferem "seguir a maré" do que contradizer.
Talvez tenham medo de se revelar por achar que não vão ser aceitas como são, ou então para não magoar e ferir os outros, preferem agir como se estivessem de acordo com tudo.
Dizem sim quando interiormente pensam não.
E cria-se assim uma imagem falsa e errônea de si mesmo.
Mas a vida não é um palco e nós não somos todos atores que, depois do espetáculo, se despem da sua personagem.
Se fazemos isso criamos em volta de nós mesmos um mundo hipócrita.
Não digo aqui que devemos ficar jogando nossas verdades sem nos importar com a reação das pessoas.
Nós não somos uma ilha e menos ainda o centro do mundo.
Todavia, tem momento e meio pra tudo na vida.
O importante é a sinceridade.
Uma mesma coisa pode ser dita de diferentes maneiras e causar diferentes impactos naquele que ouve.
É o que chamamos de eufemismo e que não faz mal a ninguém.
Uma coisa é dizer "essa cor fica horrível em você" e outra "eu acho que aquela ficaria bem melhor em você."
Se não concordamos com uma idéia ou uma pessoa, há maneiras de expôr o que pensamos sem ser desagradáveis.
Nós somos o que somos e pensamos o que pensamos.
As pessoas que nos amam devem nos amar por aquilo que somos e não pelo que aparentamos ser.
Elas nos aceitarão apesar de nossas falhas se perceberem que somos sinceros e se nos amarem verdadeiramente.
Os verdadeiros amigos não devem estar obrigatoriamente o tempo todo de acordo, mas devem aprender a respeitar e aceitar a diferença do outro, porque são justamente as diferenças que nos enriquecem.
Qualquer que seja a situação, seja você mesmo.
Sincero, límpido, transparente.
Talvez você não seja o ideal para todo mundo, mas você saberá que aqueles que te amam, amam profundamente e de todo o coração.

(Letícia Thompson)

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Grazie e Buon Anno






Di ritorno dopo una breve pausa volevo cogliere l'occasione per ringraziarvi per l'affetto che dimostrate ogni giorno visitando questo mio angolino e augurarvi uno splendido 2009 a livello personale e professionale; spero che tutti i vostri progetti e sogni si tramutino in realtà nei prossimi 365 giorni e che ogni mattina al vostro risveglio la luce della serenità possa brillare nei vostri occhi.
Vi ringrazio per tenermi compagnia con le vostre visite in questo blog e vi invito a darmi consigli, propormi argomenti che possano interessarvi e nello stesso tempo aumentare, se possibile il mio amore per l'Italia, paese a cui sono affettivamente molto legata.
Un abbraccio affettuoso a tutti voi che quitidianamente mi fate compagnia condividendo "Un Sacco di Belle Cose ... "

Hallo my dears readers I hope yuo spent a good holidays and I would like to wish a wonderful 2009, full of personal and professional happyness.
I have to thank you to share with me my "Nice Things..."and follow this blog everyday; I hope you can appreciate the contents in the next future and if you have any suggestion fell free to write it on this post because all advices are more than welcome.
Thank you again and Happy New Year!

De volta depois de uma breve pausa, quero aproveitar a ocasião para agradecer o afeto que demonstraram visitando este meu espaço e desejar um maravilhoso 2000INOVE, à nível pessoal e profissional; espero que todos os seus projetos e sonhos se tornem realidade nos próximos 365 dias e que a cada manhã do seu despertar, a luz da serenidade possa brilhar nos seus olhos.
Agradeço por terem me feito companhia com suas visitas neste blog e os convido, a me dar sugestões, propor argumentos que possam lhes interessar.
Um abraço carinhoso à todos vocês que visitam diariamente "Un Sacco Di Belle Cose...".


Turim

Turim


Turim (Torino em italiano e Turin em piemontês) é uma comunidade italiana, capital e maior cidade da região do Piemonte, província de Turim, com cerca de 908.000 habitantes. Estende-se por uma área de 130 km2, tendo uma densidade populacional de 6596 hab/km2. Faz fronteira com Venaria Reale, Settimo Torinese, Borgaro Torinese, San Mauro Torinese, Collegno, Rivoli, Baldissero Torinese, Grugliasco, Pino Torinese, Orbassano, Pecetto Torinese, Beinasco, Moncalieri, Nichelino. A cidade de Turim tem aproximadamente 1.700.000 habitantes em sua região metropolitana e 2.200.000 em sua área urbana.
Foi a capital de Itália entre 1861 e 1864. É em Turim que se encontra o Santo Sudário.
Foi sede dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2006.

Turim está localizada no noroeste da Itália. A cidade fica na extremidade ocidental da planitia do rio Po. É cercada a oeste pelos Alpes e a leste pelos morros do Monferrato.
Três grandes rios passam pela cidade: o Po e dois de seus tributários, o Dora Riparia (do celta duria, água, mais tarde alterado para "Duria Minor" pelos romanos) e o Stura di Lanzo e Sangone. Na riva oriental o Po tem como afluentes riachos que nascem nos morros.

No ano 1861, quando tornou-se a capital da Itàlia, Turim tinha 173 mil habitantes. Após uma crise, devida à mudança da capital para Florença, Turim desenvolveu uma economia industrial, tornando-se a segunda cidade industrial, atrás apenas de Milão. A cidade continuou crescendo, mesmo durante a Segunda Guerra Mundial, até ultrapassar o milhão de moradores durante os anos sessenta. A partir do final dos anos setenta houve uma diminuiçao da população, devida à baixa taxa de natalidade e ao crescimento das cidades na região metropolitana.
A cidade de Turim cresceu em torno de 0,88% durante os últimos três anos, que foi atribuído a uma taxa de nascimento baixa, contribuindo para o envelhecimento da população. Cerca de 16,4% da população possui menos de 14 anos de idade, enquanto aqueles em idade de aposentadoria são 18,8%. A cidade viu um crescimento no número de imigrantes, incluindo as áreas suburbanas. A população continua na maioria italiana (96,1%), mas há grupos significantes de romenos (2,3%), marroquinos (1,5%), peruanos (0,5%), albanianaos (0,4%) e outros.

Hoje em dia a cidade é uma grande área industrial, conhecida particularmente como a sede da companhia e das principais fábricas da companhia de Fiat. A cidade é sede do edifício Lingotto, que já foi a maior fábrica de carros do mundo e que agora é centro de convenções, local para concertos, galeria de arte, centro de compras e hotel. Outras companhias fundadas em Turim incluem a Invicta, Lavaza, Martini, Kappa e a fábrica de chocolate Caffarel.
Também é um centro da indústria aeroespacial, com a Alenia. Alguns elementos principais da Estação Espacial Internacional foram produzidos na cidade. Futuros projetos europeus como Ariane 5 serão gerenciados de Turim pela nova companhia NGL, subsidiária da EADS (70%) e Finmeccanica (30%).
Em Turim também surgiram grandes companhias italianas, como a Teleco Itália do ramo das telecomunicações e a rede de televisão Rai. A maioria das indústrias de cinema moveram-se para outras partes da Itália, mas Turim continua sendo sede do Museu Nacional de Cinema.

A Mole Antonelliana
A Mole Antonelliana (pronuncia-se "môle"), é uma estrutura em Alvenaria , cuja construção se deu entre 1863 e 1897. Projetada pelo arquiteto Alessandro Antonelli, de onde seu nome provém, possui 167 metros de altura e deveria, originalmente, abrigar uma sinagoga.
Desde sua criação, a comunidade hebraica torinesa desejava construir um templo, entretanto isso só se tornou possível após a liberação de culto a religiões não católicas na Itália, no século Séc. XVX.
Havia para tal um pré-projeto, o qual foi levado à um arquiteto tão logo sua construção se tornou viável. Alessandro Antonelli ficou então encarregado de projetar e coordenar as obras da sinagoga. O arquiteto, entretanto, propôs uma série de modificações que acabaram por elevar consideravelmente os custos e tempo para a conclusão da obra. Dentre elas, a elevação da cúpula a 113 metros foi a mais notável, indo bem além dos 47 inicialmente previstos.
Iniciadas em 1863, as obras tiveram que ser interrompidas por questões financeiras seis anos depois, e um teto provisório foi então construído no lugar da cúpula. Em 1873, a prefeitura de Turim, interessada em dedicá-la ao rei Vitor Emanuel II, firmou um acordo com a comunidade judaica assumindo o prosseguimento da construção da Mole e cedendo um novo terreno para a construção de uma sinagoga. Antonelli, então, reassumiu seu posto e elevou as projeções da cúpula aos 167 metros que possui atualmente. Tal modificação a tornou no edifício em alvenaria mais alto da Europa.
Logo após sua conclusão, entretanto, a edificação sofreu de problemas estruturais devido às dimensões relativamente reduzidas de sua base em relação ao peso que deveria suportar. Além disso, o terreno sobre o qual se deu a construção havia sido ocupado por uma parte dos antigos muros da cidade, demolidas por Napoleão Bonaparte no início do Séc.IX. Era possível, portanto, que o solo ainda não estivesse em condições de suportar a nova construção.
Antonelli trabalhou na Mole até a sua morte, em 1888, e a espécie de elevador acionado por roldanas que levava o já idoso arquiteto ao topo da construção havia se tornado lendária. O arquiteto, entretanto, não pode ver a conclusão das obras, que ocorreu sob o comando de seu filho Constanzo em 1897. Posteriormente, Annibale Rigoti decorou os interiores entre 1905 e 1908.
A história da Mole é permeada por acontecimentos infelizes. Em 1887, durante sua construção, um terremoto obrigou Antonelli a modificar o projeto para concluí-lo. Em 1904 o gênio alado colocado em sua extremidade (comumente confundido com um anjo) foi derrubado por um tornado, sendo substituído por uma estrela de cerca de quatro metros de diâmetro. Um novo tornado derrubou 47 metros da torre em 1953, a qual foi reconstruída somente 8 anos depois, desta vez em estrutura metálica revestida por pedras. Enormes arcos de cimento foram cogitados para ocupar o interior do edifício no intuito de estabilizá-lo. Entretanto, tal projeto desfiguraria completamente a construção, gerando uma desagradável sensação de claustrofobia. Além disso, alguns críticos argumentavam que uma estrutura excessivamente rígida provocaria um efeito negativo, pois reduziria sua capacidade de oscilar elasticamente.
Entre as décadas de 60 e 90, a Mole foi usada como mirante, graças ao elevador que leva seus visitantes a 70 metros acima do nível do solo, e para exposições temporárias. Após permanecer alguns anos fechada para a renovação do elevador (que hoje gasta 59 segundos para fazer seu percurso) e eliminação de parte dos arcos de cimento, a Mole Antonelliana é atualmente sede doMuseu Nacional do Cinema italiano. O mesmo é composto por máquinas óticas pré-cinematográficas, peças provenientes dos set’s dos primeiros filmes italianos e outras relíquias, em uma disposição realmente sugestiva. A Mole foi uma das primeiras construções iluminadas por pequenas chamas de gás, já no fim do Século XIX, e desde 1998, na ocasião da redefinição da iluminação externa e do nascimento da manifestação “Luci d’Artista” (Luzes de Artista, em tradução livre), nota-se uma instalação ao lado da cúpula chamada de “O vôo dos números’’. Esta obra, criada por Mario Merz, é constituída pelos números do início da Sequência de Fibonacci, que prosseguem em sucessão na direção do céu.

Curiosidades
A Mole Antoneliana é representada em uma das faces da moeda de 2 centavos de Euro italianas.




domingo, 4 de janeiro de 2009

Saber Mudar


SABER MUDAR


Certa vez, duas moscas caíram num copo de leite. A primeira era forte e valente e logo nadou até a borda do copo. Mas, como a superfície era muito lisa e suas asas estavam molhadas, não conseguiu escapar. Acreditando que não havia saída, desanimou, parou de se debater e afundou. Sua companheira, apesar de não ser tão forte, era tenaz; por isso continuou a se debater e a lutar. Aos poucos, com tanta agitação, o leite ao seu redor formou um pequeno nódulo de manteiga, onde ela subiu e conseguiu levantar vôo para longe.

Tempos depois, a mosca tenaz, por um descuido, caiu novamente em um copo, desta vez cheio de água. Imaginando que já conhecia a solução para aquele problema, começou a se debater na esperança de que, no devido tempo, se salvasse. Outra mosca passando por ali e vendo a aflição da outra, pousou na beira do copo e gritou: "-Tem um canudo ali, nade até lá e suba". A mosca tenaz respondeu: "-Pode deixar que eu sei como resolver esse problema". E continuou se debatendo, mais e mais, até que, exausta, afundou na água.

Moral da história: soluções do passado, em contextos diferentes, podem se transformar em problemas.
Quantas vezes, baseados em experiências anteriores, deixamos de observar as mudanças ao nosso redor e ficamos lutando inutilmente até afundar em nossa própria falta de visão? Criamos uma confiança equivocada e perdemos a oportunidade de repensar nossas experiências. Ficamos presos a velhos hábitos que nos levaram ao sucesso e perdemos a oportunidade de evoluir...
Os donos do futuro sabem reconhecer essas transformações e fazer as mudanças necessárias para acompanhar a nova situação.


Autor desconhecido

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Os limites de cada um de nós...


Os limites de cada um de nós


As pessoas julgam as forças umas das outras baseando-se naquilo que elas mesmas são capazes de suportar.
Poucos se dão conta que cada um de nós tem seu limite e que este não pode ser comparado com o de mais ninguém.
Uns suportam mais heroicamente o sofrimento, outros se entregam e morrem devagarinho como se o mundo tivesse acabado.
E a um e a outro Deus criou.
Somos infinitamente mais capazes do que pensamos, mas enquanto ignoramos essa verdade, somos o que somos sem sermos mais ou menos que ninguém.
Classificar alguém de fraco porque este não suporta a dor física, moral ou emocional é cometer uma grande injustiça, pois cada um vai até onde seus limites permitem e é devagarinho que as pessoas vão descobrindo que as asperezas da vida nos tornam pouco a pouco mais fortes e resistentes.
Seguimos até onde devemos seguir e quando cremos que as forças nos abandonam é que o Senhor nos pega nos braços e nos ensina a voar.
Vemos então horizontes que não podíamos alcançar com nossa visão plana e direcionada geralmente àquilo que nos fazia tanto mal.
Somos o que somos sim e que ninguém nos diga pequenos e falhos!
Alcançamos tudo o que está ao alcance das nossas mãos e o mais o Senhor nos dá através da nossa fé que, mesmo limitada, nos torna seres ilimitados.

(Letícia Thompson)

Carta de um pai ao filho



CARTA DE UM PAI AO FILHO



Amado Filho,

O dia em que este velho já não for o mesmo, tenha paciência e me compreenda.

Quando eu derramar comida sobre minha camisa e esquecer como amarrar meus sapatos, tenha paciência comigo e se lembre das horas que passei te ensinando a fazer as mesmas coisas.

Se quando conversa comigo, repito e repito as mesmas palavras e sabes de sobra como termina, não me interrompas e me escute. Quando era pequeno, para que dormisse, tive que contar-lhe milhares de vezes a mesma estória até que fechasse os olhinhos.

Quando estivermos reunidos e, sem querer, fizer minhas necessidades, não fique com vergonha e compreenda que não tenho a culpo disto, pois já não as posso controlar. Pensa quantas vezes quando menino te ajudei e estive pacientemente a seu lado esperando que terminasse o que estava fazendo.

Não me reproves porque não queira tomar banho; não me chames a atenção por isto. Lembre-se dos momentos que te persegui e os mil pretextos que tive que inventar para tornar mais agradável o seu banho.

Quando me vejas inútil e ignorante na frente de todas as coisas tecnológicas que já não poderei entender, te suplico que me dê todo o tempo que seja necessário para não me machucar com o seu sorriso sarcástico.
Lembre-se que fui eu quem te ensinou tantas coisas.
Comer, se vestir e como enfrentar a vida tão bem com o faz, são produto de meu esforço e perseverança.

Quando em algum momento, enquanto conversamos, eu chegue a me esquecer do que estávamos falando, me dê todo o tempo que seja necessário até que eu me lembre, e se não posso fazê-lo não fique impaciente; talvez não fosse importante o que falava e a única coisa que queria era estar contigo e que me escutasse nesse momento.

Se alguma vez já não quero comer, não insistas. Sei quando posso e quando não devo.

Também compreenda que, com o tempo, já não tenho dentes para morder, nem gosto para sentir.

Quando minhas pernas falharem por estarem cansadas para andar, dá-me sua mão terna para me apoiar, como eu o fiz quando começou a caminhar com suas fracas perninhas.

Por último, quando algum dia me ouvir dizer que já não quero viver e só quero morrer, não te enfades. Algum dia entenderás que isto não tem a ver com seu carinho ou o quanto te amei.

Trate de compreender que já não vivo, senão que sobrevivo, e isto não é viver.

Sempre quis o melhor para você e preparei os caminhos que deve percorrer.

Então pense que com este passo que me adianto a dar, estarei construindo para você outra rota em outro tempo, porém sempre contigo.

Não se sinta triste, enojado ou impotente por me ver assim. Dá-me seu coração, compreenda-me e me apóie como o fiz quando começaste a viver.

Da mesma maneira que te acompanhei em seu caminho, te peço que me acompanhe para terminar o meu.
Dê-me amor e paciência, que te devolverei gratidão e sorrisos com o imenso amor que tenho por você.

Atenciosamente,

Teu Velho



Autor: Levi da Silva Barreto